Um dos destaques do primeiro dia de programação do Imersão Indústria 2025, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), no BH Shopping, em Belo Horizonte, foi a palestra Indústria 5.0 – Atuação humana e responsável da mineração com foco na preservação ambiental, realizada pelo diretor de Licenciamento e Regulatório da Vale, Lauro Amorin. Durante a palestra, ele anunciou que a Vale vai investir R$ 67 bilhões em Minas Gerais e R$ 430 bilhões no Brasil até 2030, com foco na indústria 5.0.
O diretor de Licenciamento e Regulatório da Vale destacou que a mineração está intrinsecamente ligada à transição energética e a descarbonização e para isso, é preciso investir na indústria 5.0. “As pessoas devem estar no centro das decisões e a partir das novas tecnologias da indústria 5.0, trabalhar e evoluir. As tecnologias devem ser aliadas à produtividade e à preservação ambiental. A mineração do futuro quer conectar a inovação, à melhoria dos processos e a responsabilidade sócio ambiental”.
Lauro Amorin lembrou ainda que o crescimento populacional, especialmente no Brasil, faz com que a demanda por minério e aço sejam ainda maiores, e por isso é preciso preparar Minas e Brasil para esse futuro. “Somos potências e temos a oportunidade ímpar de liderar a transição energética de forma sustentável, conectada e responsável, transformando não só a indústria, mas pessoas, processos e atividades”, ressaltou.
Waste to Value e Mina de Capanema
O diretor da Vale apresentou o programa Waste to Value, que busca provocar uma mudança na forma de minerar, remodelando o futuro da mineração por meio da inovação dos processos. “Prezamos pela segurança e eficiência de nossos processos e pela redução do uso de barragens. Assim, esse programa transforma rejeitos e estéreis em novos recursos, maximizando o aproveitamento de materiais minerais e reduzindo os impactos socioambientais. É a economia circular em ação para geração de valor econômico”.
Durante a palestra, Lauro destacou ainda a Mina de Capanema, em Ouro Preto (MG), que já conta com a presença de caminhões autônomos, de forma similar à Mina do Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo. “O projeto usa caminhões que funcionam sozinhos, sem motorista, e aproveita os resíduos de ferro que estavam guardados em montes de rejeitos antigos. Com isso, a Vale prevê aumentar a produção em cerca de 15 milhões de toneladas por ano, sem rejeito. A operação da mina é feita com umidade natural, sem uso de água no processamento e sem geração de rejeitos, eliminando a necessidade de barragens”, explica Lauro.
Descaracterização de barragem e compromissos de descarbonização
Ainda de acordo com Lauro Amorin, o programa de descaracterização da barragem a montante da Vale já alcançou 60% até outubro deste ano. “O desenvolvimento econômico é parceiro da preservação ambiental. Hoje, a Vale tem duas vezes o tamanho de Belo Horizonte de território preservado. São 1500 hectares recuperados e estamos em busca de parcerias para incentivar ainda mais isso. Para cada hectare que interferimos, preservamos 10 hectares. A Vale tem uma meta florestal voluntária de recuperação de 500 mil hectares até 2030 e é uma das 20 empresas do mundo que mais investe em desenvolvimento sustentável: R$ 2,5 bilhões”, salientou o diretor da mineradora.
Para finalizar a palestra, o diretor de Licenciamento e Regulatório da Vale destacou os compromissos de descarbonização da empresa. “Temos a meta NetZero até 2050, nos escopos 1, 2 e 3. Estamos investindo em energias renováveis, especialmente nos briquetes para aglomeração de minério, de forma que a indústria siderúrgica produza aço de qualidade, mas emitindo menos carbono, o que permitirá às futuras gerações um desenvolvimento mais sustentável e uma transição energética mais justa”.
A 7ª edição do Imersão Indústria é uma realização do SESI, SENAI, IEL e FIEMG. Conta com patrocínio máster da Vale e do Sicoob, apoio máster do Sebrae, patrocínio ouro de ArcelorMittal, Energisa, Herculano Mineração, Samarco e Usiminas; e patrocínio prata de AngloGold Ashanti, Construtora Barbosa Mello, Bemisa, Copasa, Grupo Avante, J. Mendes, Kinross, ManpowerGroup e RHI Magnesita, além de apoio da UNA, Rede Minas e rádio Inconfidência, por meio da Empresa Mineira de Comunicação.
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Por Marina Rigueira
IMPRENSA FIEMG