Na última quinta-feira (22/08), a Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás se reuniu na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) para debater projetos estratégicos para a indústria mineira. Entre eles estão o programa de Resposta da Demanda por Disponibilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o projeto de construção de um gasoduto entre Extrema e Pouso Alegre, no Sul de Minas, e a implantação de uma planta de energia renovável no Norte de Minas. A reunião foi presidida pelo membro da Câmara, Hildeu Dellaretti Júnior.
O primeiro projeto debatido foi o programa de Resposta da Demanda por Disponibilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que foi apresentado por Jéssica Guimarães, analista de energia da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia. Em sua apresentação, ela explicou como funciona o programa e defendeu a iniciativa como uma oportunidade para redução de custos nas indústrias.
“O mais importante aqui é disseminar o programa de Resposta da Demanda porque tem pessoas que pensam que é outra coisa, que é uma questão relacionada a racionamento e a gente quer desmistificar isso. Aqui, trata-se de um programa para o consumidor ajudar o sistema, é mais uma ferramenta do ONS que contribui, inclusive, para a redução de custos”, disse.
Em seguida, a gerente de Projetos e Gestão Ambiental da Gasmig, Daniele de Oliveira Machado Dias, apresentou o projeto de construção de um gasoduto ligando os municípios de Extrema a Pouso Alegre, no Sul de Minas. Ainda em fase inicial, o projeto depende da construção também de um gasoduto de transporte entre Bragança Paulista (SP) e Extrema, pela Nova Transportadora do Sudeste (NTS) – o que já está em discussão.
Segundo Daniele, o objetivo do projeto é ampliar a oferta de gás natural nos municípios de Extrema e Pouso Alegre, com possibilidade inclusive de ampliação posteriormente para Três Corações e Varginha. Atualmente, algumas dessas cidades já são atendidas pelo gás natural comprimido e transportado via rodoviária.
Ela mencionou ainda o plano de investimentos de R$2,3 bilhões até 2028 e mais R$3,5 bilhões até 2033, com destaque para o projeto do gasoduto Centro-Oeste, que está em andamento e deve ser concluído no final de 2025. Ela prevê uma linha tronco até Divinópolis, passando por Itaúna, Mateus Leme, Sarzedo e Juatuba, além de algumas redes estruturantes nessas cidades.
Na sequência, Flávio Novaes apresentou o projeto de Energia Renovável elaborado pelo grupo Asamar, que está sendo implantado em uma área de 1.200 hectares no município de Olhos D’Água, na região Norte de Minas. O projeto tem capacidade instalada para atender 600 mil residências, com previsão de início de operação em setembro de 2027 e, atualmente, o grupo busca parceiros para atuar na geração de energia solar em Minas.
Relações Institucionais
Ainda durante a reunião, houve uma apresentação da gerência de Relações Institucionais da FIEMG. A advogada de Relações Institucionais, Silvia Xavier, apresentou os integrantes da gerência, bem como a atuação do setor na intermediação da relação da FIEMG com os vários poderes, instituições privadas e sociedade civil.
Além disso, Sílvia destacou o monitoramento legislativo de propostas em debate que impactam o setor e a atuação direta da FIEMG em algumas agendas consideradas prioritárias para a indústria, tais como a Reforma Tributária, Mercado de Carbono, Lei Geral de Licenciamento Ambiental, entre outros.
Ela apresentou também o Impacto 360, programa da FIEMG que nasceu da necessidade de equilibrar os debates que envolvem o setor produtivo, assegurando que a voz da indústria seja ouvida por meio de um maior engajamento em pautas de interesse da área.
Thaís Mota
Imprensa FIEMG