O calor e as altas temperaturas predominantes em Minas Gerais, nos últimos meses, aguçam a vontade de saborear sorvete, picolé, açaí e outros gelados comestíveis. Presentes na mesa dos brasileiros de Norte a Sul, as iguarias combinam cores e sabores e têm uma data especial dedicada a elas: 23 de setembro, o Dia Nacional do Sorvete. Para celebrá-lo, o Sindicato da Indústria de Sorvetes e Gelados Comestíveis de Minas Gerais (Sindsorvete-MG) vai promover, na próxima segunda-feira (23/9), a distribuição de cerca de 8 mil picolés no Mercado Central, em Belo Horizonte, entre 13h e 15h.
No mesmo dia, a ação vai acontecer também no SENAI Américo Renê Giannetti, no Bairro Lagoinha, na capital, onde mil picolés serão entregues nos turnos da manhã (9h), tarde (15h) e noite (20h). Nesse caso, porém, a distribuição será apenas para o público interno. No local funciona a Escola de Sorvete, que foi inaugurada em 2022 e oferece curso de aperfeiçoamento para as indústrias do segmento.
O presidente do SindSorvete-MG, Wander Bertolace, ressalta a importância da data, sobretudo por evidenciar a qualidade dos produtos fabricados em Minas e a importância do setor para a economia. “Aqui no estado temos gelados comestíveis para todos os gostos, do light ao vegano, com diversos sabores”. Sobre a escolha do mercado para comemorar o Dia do Sorvete, o presidente da entidade salienta que “o espaço atrai as famílias mineiras e turistas que vêm à BH. Então, nada melhor do que a gente fazer uma distribuição de picolés no nosso Mercado Central”.
Calor e otimismo
Além de proporcionar prazer e sensação de frescor para quem consome, as iguarias movimentam o mercado, gerando emprego e renda. Minas Gerais concentra 394 empresas, sendo 98% de micro e pequeno porte e 2%, de médio, conforme dados de 2022 extraídos da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O montante representa quase 14% do total de empreendimentos no Brasil.
No estado, o total de empregos chegou a 2.946 em julho deste ano, segundo mostra o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Bertolace está otimista com a chegada da primavera e verão, consideradas as melhores épocas para a indústria do setor. “A expectativa para o nosso setor nesses próximos meses é de resultados acima dos últimos dois anos e isso vai ajudar muito a desengavetar projetos”, afirma.
Em 2022, a receita líquida de vendas foi de R$3,89 bilhões no país. Um levantamento da Associação Brasileira do Sorvete e outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete) mostra que o mercado sorveteiro no Brasil cresceu 22,4% em volume no segundo semestre do ano passado, na comparação com o período anterior, alcançando 438 milhões de litros em volume. Esse número não inclui os produtos de foodservice e açaí.
Os bons resultados refletem a confiança das empresas do setor. É o caso da Easyice, com sede em Belo Horizonte, que prevê um crescimento de 50% da produção para as estações primavera e verão, se comparado com o mesmo período do ano anterior, conforme conta o sócio proprietário e diretor de infraestrutura e manutenção do empreendimento, Frederico Madeira.
Os números positivos não param por aí. De julho a setembro deste ano, a Easyice já contratou 30 pessoas, sendo a maioria para trabalhar na linha de produção. Sobre as novidades do mercado, Madeira disse que a empresa aposta nas frutas congeladas cobertas com chocolate.
As altas temperaturas e a chegada da primavera e do verão animam também a Galato Sorvetes, de BH, que acredita em um aumento acima de 20% na produção e venda. “Estamos muito otimistas desenvolvendo novos produtos e buscando cada vez mais melhorar os nossos processos, além de investir em ações de marketing, mantendo um atendimento personalizado para cada cliente”, conta o fundador e presidente da empresa, Celso da Costa. Para atender à demanda, o empresário fez contratações de funcionários para os setores administrativo, produção e logística. A Galato tem como foco no mercado os produtos premiums, zero açúcar e os com sabor de pistache.
Rafael Passos
Imprensa FIEMG