A equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Minas Gerais (SENAI-MG) conquistou duas medalhas na WorldSkills 2024, a maior competição de educação profissional do mundo, que aconteceu entre 10 e 15 de setembro, em Lyon, na França. Ao todo foram 13 ex-alunos, trainees e assistentes do SENAI-MG que participaram da competição em 11 ocupações, conquistando uma medalha de prata e outra de bronze.
Victor Rodrigo de Freitas Ferreira, ex-aluno da unidade do SENAI em Visconde do Rio Branco, conquistou a medalha de prata na ocupação #59 Tecnologia em Design Industrial. “Foi difícil demais, nunca pensei que pudesse vencer os asiáticos. Tem oito anos que comecei na Olimpíada, passei por várias áreas diferentes e, para mim, era um sonho estar aqui. E hoje poder estar pegando a medalha de prata aqui na WorldSkills é gratificante demais”, disse.
“Eu nunca vou esquecer dessa experiência que eu tive, essa troca de conhecimentos, essa exibição das maiores habilidades do mundo. E tudo isso eu devo ao meu primeiro curso, que fiz no SENAI-MG”, completou Victor, que cursou Aprendizagem em Manutenção Mecânica Industrial e, posteriormente fez o Técnico em Eletromecânica.
Já João Luiz Diniz Carvalho, ex-aluno da unidade do SENAI Euvaldo Lodi, em Contagem, conquistou a medalha de bronze na modalidade #01 Mecânica Industrial. “Estar aqui depois de longos seis anos e de uma jornada que a gente sempre sonhou, sempre acreditou, ter participado de três nacionais e ter tido a oportunidade de estar aqui é sem palavras, sem explicação. Eu era moleque lá na escola, tinha acabado de chegar e não sabia o que era mexer numa máquina, e hoje estou aqui, medalha no peito”, disse. E completou: “Estou muito feliz com o resultado, independente da cor da medalha, porque só quem sabe tudo que eu passei sabe o valor e o peso da medalha que está pendurada no meu pescoço. E eu sou muito grato a todos que me ajudaram a trilhar esse caminho”.
Além dos jovens que subiram ao pódio, outros 6 mineiros conquistaram medalhas de excelência, ao se destacarem na competição em sua modalidade. Foram eles: Matheus Palha De Barros, na ocupação #57 Manufatura Aditiva; Vitória Fernanda de Jesus Nesio e Walace Felipe de Almeida Oliveira (MG), na ocupação #63 Integração de Sistemas Robóticos; Letícia Possidônea Eliezer, na ocupação #31 Tecnologia da Moda; Darli Felipe Alves Amaral , na ocupação #12 Aplicação de Revestimentos Cerâmicos; e Bruno Ferreira de Almeida, na ocupação #25 Marcenaria de Estruturas.
Foi uma participação inesquecível e o Brasil, mais uma vez, representou muito bem todo nosso trabalho e a nossa educação profissionalizante. Ficamos em segundo lugar na escala de pontos e a gente sobe uma colocação pois, desde 2019, estamos em terceiro. Isso mostra que estamos sim muito bem preparados para essas competições. E em relação aos competidores mineiros, a gente entende que foi um ótimo resultado porque de 11 ocupações, nós trouxemos medalhas em sete delas, sendo uma de prata, uma de bronze e cinco medalhas de excelência”, destacou o coordenador do projeto WorldSkills em Minas Gerais e team leader da equipe brasileira em Lyon, Flaudilênio Eduardo Lima.
O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, participou da 47ª WorldSkills juntamente com a equipe mineira e discursou na reunião de encerramento do evento representando o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.
Brasil
O Brasil encerrou sua participação na 47ª WorldSkills com oito medalhas, sendo uma de ouro, quatro de prata e três de bronze, além de 27 medalhas de excelência, que reconhecem o desempenho acima da média. O país terminou na segunda colocação no ranking de soma de pontos, atrás da China.
A competição, realizada a cada dois anos em uma cidade sede diferente, contou com a participação de 1.400 competidores de 69 países. A delegação brasileira foi formada por 64 alunos e ex-alunos do SENAI e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), disputou 56 das 59 modalidades do torneio – algumas são em dupla ou trio.
A WorldSkills, maior competição mundial de profissões técnicas, testa habilidades individuais e coletivas de jovens de até 25 anos recém-formados ou que estão cursando a educação profissional. Durante as provas, eles realizam uma série de tarefas de alto nível técnico e dentro de padrões internacionais de qualidade.
Criado em 1950, o torneio é uma oportunidade de os países prepararem as instituições de ensino e a força de trabalho para as novas tecnologias do mundo do trabalho, já que as ocupações e as provas da competição são regularmente atualizadas.
Thaís Mota, com informações da Agência CNI
Imprensa FIEMG