A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) manifesta preocupação com o decreto publicado nesta quarta-feira (30/07) pelo governo dos Estados Unidos, que estabelece uma alíquota extra de 40% sobre a maioria dos produtos brasileiros exportados para o país. Embora o decreto preveja a isenção para 694 produtos totais (de acordo com a classificação norte americana HTSUS) — o que equivale a 43% do valor exportado pelo Brasil (US$ 17,3 bilhões) — alguns dos setores estratégicos para a economia nacional e para Minas Gerais seguem penalizados.
Produtos como café em grão e industrializado, carnes e derivados, além dos itens da cadeia da cana-de-açúcar (como açúcar e etanol), continuam sujeitos à nova tarifa, o que compromete seriamente a competitividade dessas cadeias produtivas no mercado norte-americano.
Para Minas Gerais, a medida representa uma isenção que correspondem a apenas 37% pauta exportadora do estado aos EUA (US$ 1,7 bilhão). Outros produtos tradicionais da pauta mineira — café, carnes e subprodutos da cana (incluindo açúcar e etanol) — seguem penalizados.
A FIEMG ressalta que, embora itens como petróleo, produtos da metalurgia, aeronaves e equipamentos industriais tenham sido preservados da nova tributação, é fundamental que o governo brasileiro adote medidas diplomáticas urgentes para mitigar os efeitos negativos sobre os setores excluídos da isenção.
A entidade segue acompanhando com atenção os desdobramentos da medida e seus impactos sobre a indústria mineira. Reforça ainda a necessidade de uma atuação firme do governo federal para negociar com as autoridades norte-americanas um acordo que contemple todos os setores industriais brasileiros exportadores não incluídos entre as exceções, que poderão ser duramente impactados com uma tarifação total que chega a 50%.
Imprensa FIEMG