A Gerdau e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) receberam na noite deste domingo (26/5), no Museu de Minas e do Metal, na Praça da Liberdade, representantes de 52 países que vieram à Belo Horizonte participar das reuniões GT de Transições Energéticas do G20.
A recepção reuniu mais de 200 delegados do G20, além do CEO da Gerdau, Gustavo Werneck; do presidente da FIEMG, Flávio Roscoe; do secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral; do vice-governador, Mateus Simões; do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio; da secretária de Estado de Meio Ambiente, Marília Carvalho, e do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman.
Em um breve discurso de boas-vindas aos delegados internacionais, o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, contou um pouco da história do Museu de Minas e do Metal, bem como da empresa, que é uma referência na baixa emissão de gases de efeito estufa quando comparada a outras empresas produtoras de aço no mundo. “No estado de Minas Gerais, a gente tem 250 mil hectares de florestas plantadas para produção de carvão vegetal e estamos prestes a inaugurar, no município de Arinos, um dos maiores parques solares do Estado. Então, é uma celebração para nós estarmos aqui hoje porque, no que diz respeito ao futuro do estado de Minas, acredito que seremos protagonistas, nós empresas privadas juntamente com o poder público, da transição energética do Brasil”, disse.
Já o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, destacou a contribuição da indústria mineira no que diz respeito à sustentabilidade e preservação do meio ambiente. “Se o Brasil é o país da sustentabilidade, e a gente tem convicção de que é, Minas Gerais está no centro dessa sustentabilidade. Isso porque aqui, além de se preservar 35% do território – Minas é o Estado com maior índice de preservação depois dos estados da Amazônia – nós também temos uma atividade industrial intensa e toda ela com uma pegada de sustentabilidade. 100% da nossa matriz elétrica é renovável, então aquilo que muitos buscam atingir em algumas décadas, já é realidade em Minas. Temos o maior maciço florestal plantado do Brasil, maciço esse que permite que boa parte do aço seja produzido a partir do carvão vegetal. Então, uma matriz limpa e carvão vegetal está no DNA de toda a indústria mineira, o que faz com que nossa pegada de carbono transversalmente seja menor em Minas Gerais do que na maioria dos Estados do Brasil e até de outros países”, ressaltou.
O prefeito de BH, Fuad Noman, falou sobre a honra de sediar o GT de Transições Energéticas do G20. “Belo Horizonte se sente muito feliz e honrada por ter sido escolhida sede de um dos grupos temáticos mais importantes nesse momento de transição que o nosso planeta vive. É importante saber que, nessa cidade, reunidos os principais players da transição energética, nós teremos sugestões e soluções que possam minimizar e melhorar o clima do planeta”, disse. Além disso, o prefeito convidou os delegados do GT a conhecerem a arquitetura de Niemeyer, o Complexo da Pampulha e a gastronomia mineira.
Por fim, representando o governo de Minas, o vice-governador Mateus Simões também ressaltou o protagonismo do Estado quando o tema é sustentabilidade e transição energética. Minas Gerais é um dos melhores exemplos no Brasil quando se trata da transição energética por que é o segundo maior produtor de etanol, o maior produtor de energia a partir de biomassa e 99,5% da energia já é produzida em base renovável e, portanto, sustentável. Então, é um Estado muito adequado para receber esse GT. E quando se trata também do acesso à energia barata, o acesso da energia pelas pessoas mais pobres, sem comprometimento da sustentabilidade desse acesso, Minas Gerais também é um bom exemplo porque nossos parques solares representam quase 40% de toda a produção fotovoltaica do país, contribuindo para uma matriz cada vez mais limpa e também mais barata”, disse.
G20 no Brasil
O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional e reúne 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.
O fórum internacional conta com presidências rotativas anuais e o Brasil assumiu a presidência do G20 até novembro de 2024. Ao longo do ano, estão sendo realizadas mais de 100 reuniões de grupos de trabalho e forças-tarefas que compõem o G20 nas cidades-sede das cinco regiões do Brasil, como é o caso das reuniões do GT de Transições Energéticas, que ocorre ao longo dos próximos dias em Belo Horizonte.
Entre os principais temas que serão debatidos no GT de Transições Energéticas estão a transição energética justa e inclusiva, formas de como acelerar o financiamento das transições energéticas, a dimensão social da transição energética e as perspectivas de inovação de combustível sustentável.
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Thaís Mota
Imprensa FIEMG