Inovação e governança, dois pilares fundamentais no mundo corporativo atual, foram debatidos nessa terça-feira (26/3) por especialistas do mercado em um evento do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) com o Instituto Brasileiro Governança Corporativa (IBGC), no edifício do P7 Criativo, em Belo Horizonte.
Ao dar início às atividades, voltadas a conselheiros de administração e empresários, o superintende regional do IEL em Minas Gerais, Gustavo Macena, enalteceu o trabalho conjunto do IEL com o IBGC, com o intuito de melhorar a governança de empresas e organizações no estado, impactando na gestão corporativa competitiva e sustentável . “É um orgulho ter o Instituto Brasileiro Governança Corporativa como parceiro para desenvolvermos um trabalho de excelência para indústria e, consequentemente, sociedade”.
A fala do gestor foi corroborada pela gerente de Educação Executiva do IEL-MG, Rejaine Almeida, que citou a melhoria do ambiente de negócios com um dos propósitos comuns aos institutos. Na mesma direção, Luis Gustavo Miranda, coordenador do IBGC em Minas, afirmou que, em sinergia, “as instituições estão trabalhando em benefício da economia do estado para o bem coletivo”.
Inovar na governança?
De maneira didática e elucidativa, a gerente de consultoria para Negócios do IEL, a advogada Gabriela Franco, ministrou uma palestra e mostrou como a inovação pode ser aplicada aos negócios, sem necessariamente estar atrelada à tecnologia. Para a gerente, a inovação precisa ser entendida no âmbito da governança corporativa de modo multifacetado e transversal, abrangendo planejamento estratégico das empresas, da diretoria aos colaboradores.
Além disso, Gabriela entende que inovar vai além de inventar, pois compreende “perenidade e sustentabilidade” das empresas. Nesse sentido, a especialista considera que a inovação cabe no desenvolvimento de produtos e de processos, no posicionamento de marca, na gestão organizacional, entre outros. Ao fim da explanação, Gabriela Franco sugeriu aos participantes uma reflexão, segundo a qual “portifólio de projetos de inovação rico e diverso, priorizáveis considerando fatores de esforço versus valor, alinhado ao planejamento estratégico empresarial (governança)”.
Ao evento ainda foi reservado um painel de debate, mediado por Gustavo Macena, que teve como tema “Inovação, tecnologia e conselhos” e a participação do gerente do Centro de Treinamento e desenvolvimento da Indústria 4.0 do SENAI, Guilherme Braga, do cofundador da empresa Take, Daniel Costa, e da gerente de Inovação do IEL-MG, Mariana Yazbeck.
A gestora vê um elo muito forte entre inovação e governança para o fortalecimento e a sustentabilidade do mercado de startups, sobretudo com a chegada de investidores no setor. “Governança é um tema tão importante quanto o desenvolvimento de produtos em empresas de base tecnológica”, observou, lembrando ainda da necessidade da formação adequada de mão de obra para lidar, por exemplo, com a inteligência artificial.
Guilherme Braga afirmou que um dos desafios das chamadas empresas 4.0 é capacitar os colaboradores para atuar em ambientes de gestão cada vez mais tecnológicos que primam pelo ganho de produção e processos eficientes. Daniel Costa contou da jornada de transformação da Take a partir do aporte financeiro de investidores e como a governança corporativa se tornou uma aliada na gestão dos negócios, levando em conta temas como ESG e tratamento de informações estratégicas.
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Rafael Passos
Imprensa FIEMG