Nesta segunda-feira, 10/2, a Câmara da Indústria Automotiva e Mobilidade da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) realizou o primeiro encontro estratégico do ano, de forma online, com a participação de especialistas e representantes do setor para discutir o panorama econômico e as projeções para 2025.
Presidindo o colegiado, Márcio de Lima Leite abriu a programação ressaltando a importância da mobilização empresarial frente aos desafios do setor. “Começamos o ano do setor automotivo com algumas turbulências, principalmente, em função do aumento de tarifas anunciado pelo presidente (Donald) Trump, nos EUA. Embora ainda não sejam efetivas, em sua maioria, todas essas alterações, que têm ocorrido no mercado, acabam impactando os fabricantes da indústria de autopeças, com incertezas, ou até com oportunidades”, disse Leite.
Sobre o tema, a analista de Estudos Econômicos da FIEMG, Juliana Gagliardi, apresentou um panorama setorial detalhado, abordando a conjuntura econômica e as perspectivas do governo Trump para a América Latina. A economista destacou os impactos políticos e econômicos na indústria automotiva, bem como os desafios e oportunidades para o setor brasileiro diante das políticas adotadas ao norte da América.
Na sequência, Márcio de Lima Leite voltou a intervir, trazendo um panorama das perspectivas e projeções para 2025, destacando o papel da inovação e das políticas industriais para manter a competitividade do setor. “Em 2024, o Brasil registrou a maior venda de veículos novos e usados da sua história. Foram 14,2 milhões de veículos vendidos e, assim, o Brasil retomou a 8ª posição no ranking de países produtores de veículos”, ressaltou o presidente, afirmando que esses são dados muito importantes para o setor automotivo, uma vez que, o Brasil cresceu 14,1% em vendas, enquanto o mundo, apenas 2%. “Para 2025, temos um cenário de incerteza, por conta da política de importações e a volatilidade global da economia, então temos que ficar atentos a todas essas questões”, completou.
Outro tema de grande relevância foi o Programa de Formação de Mão de Obra, uma parceria entre a Bosch e o SENAI, apresentado por Jonatas Santos, líder de Inovação da Bosch. Ele detalhou como a colaboração entre a indústria e as instituições de ensino técnico pode impulsionar a qualificação profissional, preparando os trabalhadores para os desafios do futuro da mobilidade e automação industrial.
Com uma pauta abrangente e temas essenciais para o setor, a reunião da Câmara reforçou a necessidade de uma estratégia conjunta entre indústria, governo e instituições de ensino para garantir o crescimento sustentável e a inovação no setor automotivo brasileiro.