Seis meses após a homologação do Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e a Samarco apresentaram, nesta sexta-feira (23/5), os primeiros avanços do compromisso firmado com os entes públicos.
O encontro reuniu representantes de instituições públicas e privadas no auditório da FIEMG, em Belo Horizonte. Participaram autoridades do Governo de Minas Gerais, secretarias de Estado, entidades de classe, sindicatos empresariais e representantes internacionais.
Durante o evento, foram destacados os principais resultados obtidos até o momento nas áreas ambiental, social e econômica, a partir das diretrizes definidas no acordo firmado entre Samarco, Vale, BHP Brasil, União, governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, Ministérios Públicos Federal e Estaduais, Defensorias Públicas e outros órgãos envolvidos. O objetivo do acordo foi garantir a continuidade e definitividade das ações de reparação. Até o momento, foram destinados R$ 10 bilhões às ações de reparação nos primeiros seis meses após a homologação e R$ 1,4 bilhão em indenizações individuais e auxílios pagos até maio de 2025. Ao todo, o acordo determina ações e repasses no valor de R$ 170 bilhões.
O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, ressaltou a importância do processo de reparação como instrumento de transformação. “O setor industrial está comprometido com soluções que promovam controle ambiental e desenvolvimento sustentável para os territórios impactados”, afirmou. Ele também lembrou da importância da atividade minerário para Minas Gerais. ‘’O setor mineral é essencial para o desenvolvimento de todo o nosso Estado’’, disse.
Para o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, o esforço conjunto tem sido essencial. “Estamos construindo, com diálogo e transparência, uma trajetória de reparação que respeita as comunidades, a justiça e o meio ambiente’’, destacou. De acordo com ele, após o acidente na barragem de Fundão, em Mariana, a Samarco trabalha para alcançar 100% da capacidade produtiva até 2028, com a implementação de novos procedimentos de segurança, integridade e governança.
A superintendente central de Reparação do Rio Doce, Thais Villas Boas, reforçou o papel do acordo na reconstrução da confiança. “Trata-se de uma etapa importante para garantir que os compromissos assumidos se traduzam em resultados concretos. Por meio das secretarias técnicas, o Governo de Minas vem acompanhando de perto todas as etapas do acordo’’, ressaltou. Também participaram do encontro o ouvidor do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), desembargador José Américo Martins; o secretário de Estado adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Governo de Minas (SEMAD), Leonardo Monteiro; o secretário de Estado adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo de Minas, Frederico Amaral; a deputada federal Greyce Elias e o presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA), Luís Márcio Viana.
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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG