A Câmara da Indústria Automotiva e da Mobilidade da FIEMG realizou, nesta quarta-feira (23/7), mais uma reunião ordinária com foco nos desafios enfrentados pelo setor diante de mudanças geopolíticas e econômicas. Realizado em formato online, o encontro reuniu representantes da indústria, consultores e economistas para avaliar os efeitos de recentes medidas tarifárias, discutir oportunidades e debater políticas de incentivo à sustentabilidade.
Durante a abertura, o presidente da Câmara, Márcio de Lima Leite, fez uma análise crítica do momento atual, destacando os desafios impostos pelas novas tarifas adotadas pelos Estados Unidos contra o Brasil e uma relação mais estreita com a China. “Politicamente estamos sendo levados para a China, talvez por não ter outra escolha, mas isso não é necessariamente bom para o setor. Nós precisamos ter um equilíbrio, respeitando que hoje a capacidade ociosa beira os 50%. Então, como vamos abrir o mercado com custos mais competitivos, e com uma indústria, de certa forma, dilacerada, como nós estamos?”, refletiu o presidente do colegiado.
Sobre esse assunto, o economista-chefe da FIEMG, João Gabriel Pio, que detalhou os reflexos para a indústria automotiva nacional. Em seguida, o consultor tributário e societário sênior da Stellantis, Plínio Barreto, abordou o recente decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e apresentou as regras previstas para o IPI Verde, com foco na produção de veículos sustentáveis no país.
O gerente de Assuntos Públicos da Stellantis América do Sul, Roberto Baraldi, também participou da reunião, apresentando uma atualização do desempenho do mercado automotivo em junho de 2025, com dados e perspectivas que ajudam a orientar as estratégias do setor.
Com um cenário desafiador à frente, os membros da Câmara reforçaram a necessidade de articulação entre indústria e governo para garantir a competitividade do setor automotivo brasileiro em meio às transformações globais.
Ana Paula Motta
Imprensa FIEMG