O Conselho de Relações do Trabalho e Gestão Estratégica de Pessoas da FIEMG realizou, nesta sexta-feira (6/12), a última reunião de 2024, com o objetivo de debater temas relevantes para o setor produtivo. O encontro, realizado na sede da Federação, em Belo Horizonte, contou com a participação de líderes empresariais que apresentaram estratégias e atualizações sobre gestão de conflitos, normas regulamentadoras e negociações coletivas.
Áureo Calçado, presidente do Conselho, destacou a relevância dos encontros realizados ao longo do ano. “Essas reuniões são fundamentais para que as indústrias mineiras alinhem suas estratégias e se adaptem às novas exigências, garantindo segurança jurídica e eficiência nas relações de trabalho”, afirmou. Segundo ele, apesar dos desafios enfrentados em 2024, ‘’o colegiado conseguiu auxiliar e apoiar grandes indústrias de todo o Estado’’.
Em seguida, João Batista Franceschini, diretor de Relações Trabalhistas da Vale, apresentou um panorama sobre a gestão de conflitos com sindicatos, abordando boas práticas e desafios enfrentados pelas empresas. De acordo com ele, é fundamental diferenciar os ‘’conflitos dos confrontos’’, a fim de buscar as melhores negociações entre as empresas e as entidades de classe.
Na sequência, Guilherme Sena, coordenador de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) da FIEMG, detalhou as alterações na Norma Regulamentadora nº1 (NR-1), com foco no gerenciamento de riscos ocupacionais. A apresentação enfatizou como essas mudanças impactam as estratégias de segurança das indústrias. Com as atualizações, que passam a valer a partir de maio de 2025, os riscos psicossociais, como estresse, assédio e carga mental excessiva, deverão ser identificados e gerenciados pelos empregadores como parte das medidas de proteção à saúde dos trabalhadores.
Outro assunto abordado durante a reunião foi a jornada de trabalho 4×3. Fernanda Ribas, gerente de Assuntos Trabalhistas da FIEMG, detalhou os desafios e a aplicabilidade desse formato no setor produtivo. Para a Federação, a redução da jornada proposta pela deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) traria uma série de implicações negativas para o mercado e a economia brasileira, como, por exemplo, a perda de produtividade, o aumento de custos para as empresas, o avanço da inflação e a possível demissão dos atuais empregados.
No fim, Luciana Charbel, advogada trabalhista da FIEMG e secretária executiva do Conselho, detalhou o atual cenário das negociações coletivas da Federação em todo o Estado.
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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG