A Câmara da Indústria de Metalurgia, Siderurgia e Mineração da FIEMG se reuniu, nesta terça-feira (15), para discutir temas prioritários para o setor industrial, como políticas econômicas, fiscalizações setoriais e os impactos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a mais de 180 países, incluindo o Brasil
Na abertura, o presidente do grupo, Bruno Melo Lima, ressaltou a importância do alinhamento entre setor produtivo e poder público diante dos desafios regulatórios, econômicos e ambientais. “A Câmara é um espaço de articulação e acompanhamento de temas estratégicos que impactam diretamente a indústria. Reunir especialistas e representantes do setor nos permite antecipar demandas e construir soluções”, afirmou. Ele também destacou a preocupação do empresariado com o atual cenário de instabilidade política e econômica do país, que afeta diretamente o ambiente de negócios.
Na sequência, Fausto Varella, presidente do Sindicato da Indústria do Ferro de Minas Gerais (SINDIFER), tratou das fiscalizações previstas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em aciarias e usinas de ferro-gusa. Ele reforçou a necessidade de as empresas manterem atualizada a documentação relacionada ao gerenciamento de riscos ocupacionais e áreas classificadas, inspeções técnicas e instalações elétricas. Luís Márcio Viana, presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (SINDIEXTRA); Marco Túlio Manzi, secretário executivo do colegiado; além de executivos e dirigentes sindicais, também participaram do encontro.
Logo após, Guilherme Braga, gerente do SENAI Centro de Treinamento da Tecnologia da Informação (CTTI) e do Centro 4.0, e Gabriel, engenheiro eletricista e analista de tecnologia do Centro 4.0, apresentaram soluções baseadas em inteligência artificial aplicadas à mineração, destacando casos de uso em monitoramento, automação e aumento da eficiência dos processos.
O gestor do programa Minas Pela Paz, Maurílio Leite Pedrosa, compartilhou experiências com a contratação de pessoas em regime semiaberto e condicional pela indústria, apresentando cases de reinserção produtiva e impacto social positivo. A iniciativa foi criada em 2014 e tem desenvolvido projetos de inclusão socioprofissional de adolescentes em situação de vulnerabilidade social, mais especificamente de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. A FIEMG, por meio do SESI e SENAI, é parceira do projeto.
Verônica Winter, analista do Centro Internacional de Negócios da FIEMG, abordou os efeitos das tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros. Segundo ela, apesar das medidas, o Brasil, taxado em 10%, ainda pode manter uma posição comercial relativamente vantajosa em determinados mercados, especialmente quando comparado a países concorrentes que foram mais afetados.
A reunião foi encerrada com a apresentação do Projeto de Lei nº 737/2025, conduzida por Gabriela Cristina, analista tributária da Federação, seguida de espaço para contribuições dos participantes.
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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG