O CIT SENAI ITR, primeira fábrica de ímãs permanentes da América Latina, e a Meteoric Resources assinaram, no final do mês passado, um Memorando de Entendimento (MoU) em que as duas partes demonstram interesse em trabalhar em conjunto no tema das terras raras durante os próximos 5 anos.
Segundo o coordenador do Instituto SENAI de Inovação em Processamento Mineral, André Pimenta, o memorando tem por objetivo estabelecer as bases para cooperação entre o CIT SENAI ITR e a Meteoric, para desenvolvimento de projetos de pesquisa em conjunto no campo de produção de ímãs de terras raras.
Além disso, conforme comunicado divulgado pela Meteoric Resources, o Memorando de Entendimento visa:
• promover ações para fortalecer as partes e, consequentemente, suas relações com as indústrias interessadas nessas tecnologias;
• desenvolver projetos conjuntos de pesquisa aplicada, atividades de avaliação, experimentos, treinamento, consultoria e serviços tecnológicos especializados;
• implementar atividades e programas conjuntos, bem como programas experimentais em áreas e assuntos de interesse e benefício mútuo que venham a ser acordados entre as partes.
O CIT SENAI ITR, antigo Lab Fab ITR, é um laboratório-fábrica adquirido pelo SENAI no final do ano passado e voltado para a produção de ímãs de Neodímio Ferro Boro (NdFeB). Portanto, a identificação e a construção de relacionamento técnico/comercial com fornecedores de matérias-primas, os óxidos e metais puros de Elementos Terras Raras (ETR) se fez necessária para garantir a operação perene do CIT SENAI ITR.
A unidade começará a operar até o final deste ano, com produção de um primeiro lote piloto de ímãs de Neodímio Ferro Boro (NdFeB). Para isso, representantes do CIT SENAI ITR estiveram em missão à China no último mês de junho com o objetivo de estabelecer um primeiro contato com fornecedores e iniciar uma relação comercial para fornecimento de matérias-primas para a produção, uma vez que o país é líder no setor.
“Agora, estamos em uma fase de terminar o comissionamento, fazer os contratos de fornecimento de matéria-prima e rodar a planta em escala experimental, com o primeiro trial out em outubro e em dezembro produzir a primeira tonelada de ímãs aqui no Hemisfério Sul”, disse o gerente de PDI no CIT SENAI, José Luciano de Assis Pereira.
Atualmente, o Brasil ainda não conta com produção significativa em terras raras e o objetivo do CIT SENAI ITR é justamente demonstrar que o país tem capacidade técnica e metais de terras raras o suficiente para desenvolver esse mercado.
Thaís Mota
Imprensa FIEMG