No último dia do Imersão Indústria, um dos tópicos abordados foi o Projeto de Lei 2.148/2015, que propõe estabelecer limites de emissões de gases de efeito estufa para empresas. O debate ocorreu em 12 de abril, no Minascentro, com a participação de Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade na Confederação Nacional da Indústria (CNI); Adriano Scarpa, gerente de Mudança do Clima da Ibá e Diretor da Sociedade Mineira de Engenheiros; e o deputado federal Zé Vitor. A mediação ficou a cargo de Thiago Cavalcanti, gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais da FIEMG.
Adriano Scarpa explicou que o mercado de carbono é um sistema econômico projetado para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), responsáveis pelas mudanças climáticas. Ele opera através da compra e venda de direitos de emissão de carbono, conhecidos como créditos de carbono.
O objetivo principal do mercado de carbono é incentivar a redução das emissões de forma lucrativa e eficiente, impulsionando a transição para uma economia de baixo carbono. Além disso, esses mercados podem estimular a inovação tecnológica e o investimento em projetos que promovam a sustentabilidade ambiental.
No mesmo dia, ocorreu a palestra “Alternativas para a descarbonização da cadeia do aço”, conduzida por Cenira Nunes, Head Global de Meio Ambiente da Gerdau; Luciana Corrêa, gerente de Descarbonização e ESG da ArcelorMittal; e André Chaves de Andrade, diretor corporativo de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Usiminas. Luiz Cláudio Costa, pesquisador do CIT SENAI, mediou o evento.
Luciana Corrêa destacou a presença da ArcelorMittal em vários estados brasileiros, com foco no sudeste, e a liderança da empresa na redução da pegada de carbono do aço. A empresa se comprometeu a ser carbono neutro até 2050 e a reduzir suas emissões em 25% até 2030. No Brasil, a ArcelorMittal atua em quatro frentes prioritárias para a descarbonização: otimização da matriz metálica, troca de combustível, maximização do uso de carvão vegetal renovável e melhoria da eficiência energética.
Cenira Nunes ressaltou que a Gerdau é a maior produtora de aço das Américas e está empenhada em soluções sustentáveis, como a reciclagem de sucata e a busca por um minério de baixo carbono.
André Chaves de Andrade explicou o plano de descarbonização da Usiminas, que visa reduzir a intensidade das emissões de gases de efeito estufa em suas operações. O plano inclui medidas como eficiência energética e prevê uma redução de 15% na intensidade de emissões até 2030.
Realização – O Imersão Indústria é realizado pela FIEMG, pelo SESI e pelo SENAI, com patrocínio máster da Gerdau, Vale, Gasmig, Cemig, Codemge, CNI e ArcelorMittal. O patrocínio ouro é da Herculano Mineração, Sicoob Credfiemg e Sicoob Credminas, Barbosa Mello e Caixa Econômica Federal. O patrocínio prata é da Bemisa, Localiza Gestão de Frotas, Vallourec e IVECO Group. O apoio máster é do Sebrae e apoio da RMMG, Mason Holdings, JMendes, Pfizer, (Re)energisa, Una, IEL e CIEMG.
Denise Lucas
Imprensa FIEMG