O Brasil e o Japão mantêm uma importante relação econômica que pode ser muito ampliada através do diálogo e foco nas oportunidades do presente com olhar para o futuro. Esta é a tônica do documento de posição e oportunidades comerciais entre os dois países apresentado em reunião plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão (Cebraj) nesta quinta-feira, 6 de julho, no Teatro SESIMINAS, em Belo Horizonte. Temas como Descarbonização da Economia, Transformação Digital e ampliação da presença nas Cadeias Mundiais de Valor são considerados fundamentais aprimorar ambiente de negócios.
No ano passado, o comércio de bens e serviços Brasil- Japão atingiu a marca de US$12,8 bilhões. No entanto, ambos os países experimentaram uma diminuição no valor do comércio e na relevância do investimento. Os participantes consideram que o Japão e o Brasil têm muitas oportunidades de negócios vastas e inexploradas em meio ambiente, energia, alimentos, infraestrutura e áreas digitais como parceiros de negócios complementares mútuos.
Os participantes entendem que ambos os países devem tomar mais medidas para desenvolver seu relacionamento, a fim de aumentar o diálogo. Neste sentido, durante o Conselho Empresarial Brasil-Japão (Cebraj) foi assinado um Memorando de Entendimento entre a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações do Brasil (ApexBrasil), cujo objetivo é fortalecer iniciativas de promoção de negócios e atração de investimentos estrangeiros para Minas Gerais. De acordo com dados da agência, o Brasil tem oportunidades de exportações para o Japão em um total de 357 produtos.
Contexto – Os especialistas da Apex entendem que para a indústria de transformação, que é muito importante no comércio bilateral entre os países, os principais setores industriais com oportunidades de exportações do Brasil para o Japão são os de alimentos (23,3%), bebidas (21,6%), fumo (9,3%), produtos têxteis (7,3%), vestuário e acessórios (6,0%) e couros e calçados (5,5%).
Em termos de investimentos, atualmente, o Japão ocupa a 7ª posição na lista das economias que mais investem no Brasil. Desde 2012, os aportes japoneses anunciados no Brasil se concentraram nas indústrias de veículos automotores (23,1%), componentes automotivos (22,3%), serviços financeiros (11,4%), borracha (8,5%) e alimentos e bebidas (5,8%).
As exportações de bens do Brasil para o país asiático somaram US$ 55,4 bilhões no acumulado da última década, enquanto as importações brasileiras vindas do país asiático somaram US$49,7 bilhões. Contudo, as vendas do Brasil para Japão estão concentradas em commodities, o que indica a necessidade de diversificar e agregar valor à pauta exportadora.
Realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a FIEMG e a Federação das Indústrias do Japão (Keidanren), Cebraj tem patrocínio ouro da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e do Governo de Minas, patrocínio prata da Cenibra e da Vale e patrocínio bronze da Usiminas.
Trajano Raposo
Imprensa FIEMG