“De ano a ano, estamos cada vez atingindo nossos objetivos, que é promover a conexão entre os atores do setor de automação”, disse Gustavo Macena, superintendente Instituto Euvaldo Lodi (IEL), convidando os participantes a aderirem a esse movimento de fortalecimento do setor. “Em 2024 queremos um evento ainda maior e esperamos atingir a marca de 4 mil pessoas em três dias de eventos”, ressaltou na abertura do 2º dia do Encontro Nacional de Automação 2023 (ENA), realizada no dia 20 de outubro, no Minascentro, em Belo Horizonte.
Quem esteve também presente na abertura foi Erico Rossi, especialista em automação da Gerdau, indústria co realizadora do ENA. Segundo Rossi, a ideia de promover um encontro de automação surgiu em 2019. “Quando entrei na empresa, me deparei com o desafio de unir os especialistas de automação de todo o Brasil. Não era uma tarefa tão simples”, disse, comentando que a primeira edição aconteceu na cidade de Ouro Branco e reuniu 200 pessoas. “O sucesso foi tão grande que convidamos a FIEMG para ser nossa parceira e o ENA cresceu. É muito gratificante ver as pessoas se conectando e trocando experiências”, confidenciou.
Uma das atrações do segundo dia do ENA foi “O painel Operação inteligentes: fusão de dados, ciência e conhecimento humano”, apresentado por Constantino Seixas e Fábio de Carvalho, especialistas da empresa Accenture.
Seixas explicou que a automação está avançando em áreas especializadas, como a engenharia e medicina. Mas que isso, necessariamente, não é uma ameaça às profissões e pode ser utilizado como fator de crescimento e de resolução de problemas dentro dos negócios.
“Algumas empresas se diferenciam por terem uma assinatura digital, por entenderem o mercado e prezar pela utilização da inovação e tecnologia. Isso as tornam superiores”, disse citando a Amazon como exemplo, que tem a capacidade de mapear os desejos de seus clientes.
Carvalho pontuou que com a junção entre ciência, dados e talento humano, é possível vislumbrar a realização de todos as ambições das indústrias, como a resolução de desafios como aquisição de matéria-prima, logística, sustentabilidade e energia. “A inteligência artificial vem resolvendo problemas reais da indústria”, explicou.
Seixas citou como exemplo da utilização da IA na Accenture o projeto de “Redução de custo variável no processo de pelotização”. Para esse desafio, foi utilizado modelos matemáticos para ajudar a reduzir os custos variáveis em toneladas por pelotas. “Identificamos as melhores condições operacionais, entendemos como cada parâmetro influencia a qualidade da pelota e, por meio de um modelo estatístico descritivo, minimizamos os custos sem perder a qualidade, gerando uma economia de 22,8% na produção de pelotas”, esclareceu.
O ENA tem o objetivo de estimular, incentivar e apoiar a troca de conhecimento, gerar oportunidades de negócios e apresentar as principais tecnologias do mercado de automação industrial, robótica, segurança cibernética, TI e inteligência artificial.
Realizado nos dias 19 e 20 de outubro, no Minascentro, em Belo Horizonte, o evento é uma realização da FIEMG, com correalização da Gerdau; patrocínio master da Accenture e IHM Stefanini; patrocínio ouro da ABB, AWS, Danieli do Brasil e Deloitte; patrocínio prata da AVEVA, Aquarius e GE, Dimensional, Enacon, Pepperl+Fuchs, Radix, Schneider, Siemens, Simatec, TCS e Westecon; e conta com o apoio do SENAI.
Denise Lucas
Imprensa FIEMG