A contribuição do setor mineral para o desenvolvimento sustentável de Minas Gerais, com destaque para as áreas preservadas pelas indústrias do segmento, foi levada à COP pela FIEMG. O tema faz parte de um estudo da federação, apresentado nesta terça-feira (12/11), pelo seu gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais, Thiago Cavalcanti. Ele participou de um painel durante o “Minas Gerais Day: soluções climáticas em prol da transição para a economia de baixo carbono no Estado de Minas Gerais, Brasil”. A conferência do clima da ONU acontece de 11 a 22 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão.
Mapeamento da entidade indica que 35% do território mineiro está preservado, colocando Minas Gerais como o estado com a maior área protegida fora da Amazônia. Em relação às propriedades das mineradoras, esse índice chega a 53,28%. A cada hectare de área minerada, oito são preservados, conforme aponta o estudo. “Os municípios com a presença de mineradoras têm PIB per capita e índices municipais de desenvolvimento superiores aos que não possuem essa atividade”, pontua Cavalcanti.
Na sexta-feira (15/11), no Pavilhão de Portugal da COP, Thiago Cavalcanti vai falar sobre a campanha das energias renováveis liderada pela federação mineira. Um levantamento da FIEMG indica que, atualmente, o Brasil tem 11% de sua matriz elétrica proveniente de fontes não renováveis, mas há condições de atingir 100% da matriz limpa.
Se houver uma substituição das fontes não renováveis por renováveis, o país terá uma redução de 53% nas emissões de carbono desse setor nos próximos 26 anos e uma queda de 20% no custo da energia elétrica. “O estudo demonstra também a evolução da matriz elétrica brasileira que, apesar de ser uma das mais limpas do mundo, vem sendo comprometida desde 1995 em razão da dificuldade de se aprovar licenciamentos ambientais de hidrelétricas. Por este motivo, a FIEMG propõe que o Brasil substitua todas as suas termelétricas não renováveis por energias renováveis (hidrelétricas, solares, eólicas e biomassa) até 2035”, acrescenta o gerente.
Rafael Passos
Imprensa FIEMG
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