Na manhã desta terça-feira, 13/8, o Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), se reuniu de forma online para discutir temas estratégicos relacionados à sustentabilidade e à gestão dos recursos naturais em Minas Gerais.
Presidido por Mário Campos, o encontro contou com a participação de importantes representantes do setor energético e ambiental, incluindo Charles Lenzi, presidente da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel), e Heitor Moreira, analista ambiental do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).
Campos destacou a recente campanha liderada pela FIEMG voltada à conscientização sobre a importância das hidrelétricas para o desenvolvimento sustentável do estado. “Estamos no caminho para, de fato, falar com a sociedade, sobretudo, para destravar com o Estado, sobre o desenvolvimento das hidrelétricas. Assim, vamos conquistar uma fonte de energia limpa, segura e confiável, que trará benefícios concretos, sustentáveis, e alcançar resultados satisfatórios na transição energética,” afirmou o presidente do conselho, enfatizando o papel crucial das hidrelétricas na matriz energética de Minas Gerais.
Panorama das hidrelétricas – Charles Lenzi, presidente da Abragel, apresentou um panorama das usinas hidrelétricas no Brasil, com foco especial no estado de Minas Gerais. Ele ressaltou os impactos positivos que essa matriz energética pode proporcionar, especialmente no contexto da transição energética e da sustentabilidade.
“Eu defendo as hidrelétricas por diversos fatores, dentre eles, por ser uma fonte renovável que mais gera empregos por MW instalado; por ter um preço competitivo em se tratando da tarifa efetivamente paga pelos consumidores; por cumprirem papel fundamental na segurança, confiabilidade e modicidade tarifária do Sistema Elétrico Brasileiro; são ambientalmente sustentáveis: APPs, proteção de nascentes, programas de monitoramento, preservação da flora e fauna; e por ter uma perspectiva importante para a produção de Hidrogênio Verde,” comentou Lenzi, reforçando o potencial das hidrelétricas como pilar para o desenvolvimento econômico e ambiental do país.
Discussões sobre escassez hídrica e políticas ambientais – Além das discussões sobre a matriz energética, a reunião também abordou temas críticos como a escassez hídrica enfrentada pelo estado de Minas Gerais, especialmente durante o período de seca de 2024.
“A seca é sim o principal problema que podemos ter na manutenção dos nossos recursos hídricos”, apresentou o analista ambiental do IGAM, Heitor Moreira. O especialista mostrou um detalhado relatório sobre a situação atual dos recursos hídricos no estado, destacando os desafios e as medidas que estão sendo tomadas para mitigar os impactos da escassez de água. Ele destacou a importância da Política Estadual de Recursos Hídricos, que visa a assegurar o controle, pelos usuários atuais e futuros, do uso da água e de sua utilização em quantidade, qualidade e regime satisfatórios.
“Cada desafio advindo da escassez hídrica é uma oportunidade para reforçar nossa responsabilidade e trabalharmos juntos pela segurança hídrica”, refletiu Moreira.
A Gerência de Meio Ambiente da FIEMG abordou outros temas relevantes durante a reunião. A advogada da área, Monicke Arruda, apresentou a Política Nacional de Economia Circular. Na sequência, Priscila Sette, analista ambiental, compartilhou os resultados do Seminário de Crise Climática realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além disso, Danielle Maciel, também advogada da Gerência de Meio Ambiente, informou sobre as alterações na Deliberação Normativa Copam nº 213, de 22 de fevereiro de 2017, e na Deliberação Normativa Copam nº 217, de 6 de dezembro de 2017.
A reunião ordinária do Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável reafirmou o compromisso da FIEMG e de seus parceiros em promover a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico equilibrado em Minas Gerais, por meio de uma gestão eficaz dos recursos naturais e da implementação de políticas públicas que favoreçam a transição para uma matriz energética mais limpa e segura.
Ana Paula Motta
Imprensa FIEMG