Um dos painéis que reuniu grande público nesta sexta-feira (12/4) durante o Imersão Indústria tratou de financiamentos para o setor industrial e reuniu representantes da Caixa Econômica Federal, SICOOB CREDIFIEMG, Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
Abrindo o evento, o superintendente de Negócios do SICOOB CREDIFIEMG, Bruno Fraga, falou sobre a fundação da cooperativa em 2005 e apresentou as condições de financiamento, empréstimos e crédito para pessoas jurídicas em Minas.
Já o superintendente executivo da Caixa, André Fernandes, iniciou sua fala tratando do momento da economia em relação ao crédito para a indústria. “A minha percepção é que a gente vai entrar em um período muito positivo para o crédito, em razão da queda na taxa de juros básica de juros e na confiança do empresariado, ou seja, boa parte do mercado está mais otimista, voltando a fazer planos de longo prazo e confiante em um período de mais estabilidade. E como a gente passou por um momento sem esses dois elementos, a gente tem uma parte da demanda represada, seja em parcerias com o BNDES e FINEP, seja em mercado de capitais, além de várias oportunidades esperando períodos melhores para voltar a pleno vapor”, pontuou.
Além disso, Fernandes deu algumas dicas para os empresários presentes, tais como cultivar relacionamento com vários bancos – privados e públicos – e conheça o executivo que te atende; ter claro o que quer com a operação de crédito, como será aplicado; saber o que, enquanto companhia, tem oferecer para os bancos como garantia e segurança.
Representando a FINEP, Wadson Ribeiro falou sobre as linhas de financiamento para inovação oferecidas pela entidade, inclusive para micro e pequenas empresas, bem como editais no âmbito do programa Nova Indústria Brasil (NIB). “Até 2026, nosso objetivo no NIB é de aplicação do valor de R$41 bilhões, divididos em financiamento reembolsáveis, subvenções econômicas, investimentos em participação e apoio à estruturação do sistema nacional de inovação, esse último ligado às universidades, mas os demais ligados à empresas privadas que desenvolvem inovação”, disse. Também apresentou o Finep Inovação, que atualmente possui em aberto 11 chamadas públicas, e o Finep Inovacred, que prevê financiamentos de até R$15 milhões para empresas de todos os portes.
Já o chefe do Departamento de Inovação e Estratégia Industrial do BNDES, Maurício Neves, falou da importância da Nova Indústria Brasil em um contexto onde todo o mundo tem ampliado os instrumentos de política industrial e tecnológica para incentivar e impulsionar o setor, seja na área da inovação, indústria verde ou descarbonização.
E ainda dentro da NIB, Neves citou o programa Brasil Mais Produtivo (P+P). “É como se fosse o Plano Safra para a indústria, e que vai tentar garantir uma quantidade de recursos que seja perene e que tenha algum tipo de incentivo em áreas específicas que precisam ser incentivadas para que essa indústria possa concorrer. Então, será um conjunto de instrumentos financeiros que buscam apoiar a indústria para que ela seja: mais inovadora e mais digital; mais verde; mais exportadora e tenha maior produtividade”, afirmou. O Plano Mais Produção, lançado em janeiro deste ano, prevê recursos do BNDES da ordem de R$ 250 bilhões até 2026.
O Imersão Indústria é realizado pela FIEMG, pelo SESI e pelo SENAI, com patrocínio máster da Gerdau, Vale, Gasmig, Cemig, Codemge, CNI e ArcelorMittal. O patrocínio ouro é da Herculano Mineração, Sicoob Credfiemg e Sicoob Credminas, Barbosa Mello e Caixa Econômica Federal. O patrocínio prata é da Bemisa, Localiza Gestão de Frotas, Vallourec e Iveco Group. O apoio máster é do Sebrae e apoio da RMMG, Mason Holdings, JMendes, Pfizer, (Re)energisa, Una, IEL e CIEMG.
Thaís Mota
Imprensa FIEMG