A 31ª edição do Minas Trend abriu suas portas para diversas marcas exporem seus trabalhos e receberem compradores nacionais e internacionais, entre os dias 16 e 18/4, no Minascentro, em Belo Horizonte.
Na temporada primavera/verão 2025, onze marcas autorais se apresentam no estande de colaboradores, utilizando a sustentabilidade como foco na sua produção de peças. Dentre elas, a Refeito.com é uma marca que reforça a sustentabilidade em suas produções com o reaproveitamento de jeans e produtos têxteis. Sua expositora, Bia Pereira , abraça a causa com ênfase, dizendo: “nada se perde, tudo se aproveita”. Ela reforma roupas, transformando-as em peças totalmente novas, como uma calça jeans que virou uma jaqueta. A marca fez uma parceria com a Cedro, criando uma coleção cápsula de upcycling com retalhos. Também desenvolveu uma parceria com Victor Dzenk, reutilizando resíduos têxteis na confecção de suas peças.
Por outro lado, a marca “Iáscara Oliveira”, que tem como criadora a artista de mesmo nome, desenvolveu uma coleção a partir de materiais como saco de cimento e fibra de bananeira, que foram transformados em renda, um MOT, papel para vestir. A estilista disse que para seu projeto final de faculdade, faria apenas 4 peças. “Mas consegui fazer 10 looks e tudo deu certo”, relatou.
E para quem pensa que não é uma peça funcional, se engana. “As peças são confeccionadas com um forro de tecido, podendo entrar em contato com a pele, deixando a mobilidade ainda maior. A peça de renda, que cobre o tecido, é feita de sacos de cimento, transformando tudo em uma roupa visualmente surpreendente”, explica Iáscara Oliveira.
Uma marca que chamou atenção por utilizar patchwork em suas peças, foi a da Luana Bortolini, dona e diretora criativa da marca Haddock Brasil, que está sempre buscando sair da curva e fazer coisas diferentes em suas coleções.
Ela utiliza tecidos tecnológicos para a produção de toda a coleção, que tem por inspiração a cultura punk e futurista. Segundo Bortolini, o nome de sua marca vem de um peixe que vive nas profundezas do oceano.
“Essa referência traz o que é o profundo na moda, da história por trás da roupa”, disse. Já a logomarca é interessante observar que independentemente da direção que você olha, consegue ler. A estilista diz estar muito entusiasmada com a participação no Minas Trend, principalmente, por poder mostrar sua arte. “A moda é basicamente tudo, é a minha vida”, conclui.
O coordenador de moda e um dos curadores do projeto Estande Coletivo Autoral do Minas Trend, Aldo Clecius, contou que a idealização do espaço, junto das especialistas Giovanna Penido e Grazi Coelho, foi buscar o que tinha de mais representativo e novo dentro de marcas autorais, que trabalham com princípio de sustentabilidade, saberes artesanais mineiros e o fazer manual.
“Os modelos possuem técnicas de macramê, bordados de crochês e remodelagem de tecidos. Tudo isso usando a tecnologia aliada com a sustentabilidade criando roupas em 3D, corte a laser e estamparia digital. E temos a inovação da fabricação de tecidos feitos de papel usando a fibra de bananeira. Englobando todo os tipos de público do jovem até looks festa”, disse o curador. Ainda segundo Clécius, os expositores estão otimistas e, hoje, muitos deles já estão com pedidos reservados de coleções inteiras. “A moda de Minas é diversificada e atende todos os públicos sem perder suas raízes”, finaliza.
Veja aqui as fotos do evento.
Esta edição do Minas Trend é uma realização do SESI, SENAI e FIEMG, com apoio master do Sebrae Minas, patrocínio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), da Codemge, do SENAC (Sistema Fecomércio) e do Bling e conta com apoio do Jornal Estado de Minas, UNA, IEL/MG e Consulado da Itália.
Com colaboração dos alunos do Centro Universitário Una
Cléo Pontello, Malu Amaral e Jarrel Martins
Sob revisão de Ana Paula Motta
Imprensa FIEMG