Impulsionado pelos setores industrial, agropecuário e de serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais cresceu 3,1% em termos reais em 2023, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (14) Fundação João Pinheiro (FJP). Pela primeira vez, o PIB do Estado superou a casa de R$ 1 trilhão. O desempenho de Minas Gerais ficou acima, inclusive, da média nacional, que subiu 2,9%.
Os resultados são idênticos aos projetados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em setembro do ano passado, quando ainda não havia subsídios referentes aos dois últimos trimestres de 2023. João Pio, economista-chefe da FIEMG, destaca que ‘’a consistência nas previsões é fundamental para proporcionar maior previsibilidade aos empresários, principalmente aos do setor industrial, que, frequentemente, enfrentam um cenário de incertezas’’.
Ele também ressalta o bom desempenho da economia mineira no ano passado. ‘’O Estado tem se destacado por um crescimento econômico superior ao registrado nacionalmente, em grande parte devido ao excelente desempenho do setor industrial. Destaca-se, especialmente, o bom desempenho da indústria extrativa, que cresceu 7,6%, bem como o da indústria de transformação, que avançou 1,2% no Estado, enquanto apresentou uma queda de 1,3% no país”, afirma o economista.
Segundo o levantamento da FJP, a agropecuária foi o setor que mais cresceu percentualmente em Minas Gerais em 2023 (11,5%), seguida da Indústria (3,1%) e Serviços (2,2%).
Ainda de acordo com a pesquisa, o PIB mineiro representou, no ano passado, 9,5% do Produto Interno Bruto do país, o que coloca o Estado em 3º entre todos os outros.
Na avaliação da Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG, o PIB de Minas Gerais deverá crescer 2,2% em 2024. Projeta-se redução da safra agrícola, em razão do menor volume de chuvas. Consequentemente, espera-se um menor estímulo para atividades relacionadas à agropecuária, como a de transportes.
Em contrapartida, a indústria deve mostrar crescimento moderado, com recuperação do segmento da construção e um novo avanço do segmento extrativo, embora menos expressivo do que em 2023. Adicionalmente, o mercado de trabalho aquecido e as transferências de renda em patamar historicamente elevado seguirão estimulando o consumo das famílias por bens e serviços.
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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG