A pesquisa Sondagem Industrial de dezembro apresentou queda da produção e do emprego em relação a novembro, o que já era esperado, devido à sazonalidade de fim de ano. A utilização da capacidade instalada continuou abaixo da habitual para o mês, mostrando que a indústria operou com ociosidade. Os estoques de produtos finais recuaram em dezembro, após três meses de crescimento, e aproximaram-se do nível planejado pelas empresas.
Os empresários mineiros sinalizaram insatisfação com as margens de lucro e com as condições de acesso ao crédito no quarto trimestre do ano, embora menos intensa quando comparada à do terceiro trimestre. Adicionalmente, os industriais mostraram maior satisfação com a situação financeira de seus negócios. Com relação às principais dificuldades enfrentadas pelo setor, a elevada carga tributária voltou a assumir o primeiro lugar no ranking, seguida da demanda interna insuficiente e da falta ou alto custo de trabalhador qualificado.
Nesse contexto, os empresários mostraram-se otimistas com relação à demanda, à compra de matérias-primas e ao número de empregados nos próximos seis meses. As intenções de investimento avançaram e atingiram o maior patamar desde setembro de 2022.
Produção e emprego da indústria recuam em dezembro
O índice de evolução da produção registrou 40,6 pontos em dezembro e sinalizou queda da produção ao ficar abaixo dos 50 pontos – limite entre diminuição e aumento. Desde o início da série histórica, em 2010, ocorreram recuos na produção nos meses de dezembro, frente a novembro, devido à sazonalidade de fim de ano. Na comparação com o indicador apurado em novembro (48,6 pontos), houve retração de 8 pontos e, ante o verificado em dezembro de 2022 (43,4 pontos), houve diminuição de 2,8 pontos.
Já o índice de evolução do número de empregados marcou 47 pontos em dezembro, mostrando queda no emprego pelo segundo mês seguido. Em relação ao indicador de novembro (48,8 pontos), caiu 1,8 ponto e, frente ao observado em dezembro de 2022 (48,1 pontos), decresceu 1,1 ponto, sendo o mais baixo para o mês em cinco anos.