“Consciência Cristã e Liderança Ética” foi o tema da palestra do último “Fim de Tarde ADCE-MG”, realizado na quarta-feira (4/10), pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa, na sede da FIEMG, em Belo Horizonte. Quem falou sobre o assunto foi reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Puc-Minas), padre Luís Henrique Eloy e Silva.
O sacerdote abordou o assunto a partir das perspectivas cristã e filosófica, levando o público à reflexão, sugerindo que as decisões de gestores na gestão de pessoas, no encaminhamento de processos e na busca do alcance de metas refletem a opção do empresário de seguir os ensinamentos de Cristo. Nesse sentido, o reitor da PUC fez uma distinção entre o que ele denominou de “consciência reta” e “consciência errônea”, sendo que a primeira, frisou o palestrante, “busca o bem, o diálogo com o diferente e é apoiada em valores morais verdadeiros”. A segunda, conforme ele, está apoiada em valores distorcidos.
Segundo o padre, os ensinamentos bíblicos não dissociam a consciência do ser humano e “o homem naquilo que ele fala, escolhe, em seu modo de agir e em tudo aquilo que ele expressa, é imagem do seu conhecimento”.
“Quando o indivíduo, consciente da sua postura e missão, leva com seriedade a busca pela consciência reta, ele não somente desenvolverá a si próprio, mas poderá colaborar no aspecto coletivo, social e ambiental”, declarou.
Em relação à liderança, o reitor entende que o gestor não deve convencer os liderados pelo poder e pela imposição. “Autoridade, então, nasce da busca de coerência pelo líder entre o que ele é e faz, entre o que ele pede como meta e o que ele faz para alcança-la, da disponibilidade de acolher as pessoas, escutar e dirimir as demandas sem cair em subjetivismos”.
“Liderança será eficaz se o gestor for capaz de três coisas: comunicar adequadamente com as pessoas, respeitando-as, criando confiança em prol da cooperação um com o outro, e, terceiro, sendo capaz de delegar, não centralizando as suas funções para que todo setor cresça em suas várias dimensões e hierarquias”, acrescentou.
“Ao olhar para o futuro, é fundamental reconhecer o cenário atual de desafios, como transformação digital, as urgências climáticas e as crescentes demandas por equidade e inclusão. Esses não são apenas desafios de negócio, mas desafios humanos e espirituais que nos chamam à ação”, disse Maria Flávia Cardoso Máximo ao opinar sobre a importância da palestra.
Rafael Passos
Imprensa FIEMG