Nesta quinta-feira (21), a FIEMG, por meio da Câmara de Obras Industriais, promoveu o seminário ‘’Energias Renováveis: Soluções de Geração e suas Demandas para a Engenharia e Construção’’. Durante o evento, empresários mineiros e especialistas de mercado debateram os principais aspectos da matriz elétrica brasileira e discutiram as novas oportunidades para o setor nos próximos anos.
Ilso José de Oliveira, presidente da Câmara de Obras Industriais da Federação, ressaltou que um dos objetivos do grupo de trabalho liderado por ele é ‘’unir as empresas que atuam nos segmentos de engenharia e construção, promovendo o intercâmbio institucional entre contratantes e contratadas’’. Segundo Ilso, a principal missão do colegiado é elevar o nível de sucesso do setor em Minas Gerais. Em seguida, o diretor executivo da Mascarenhas Barbosa Roscoe S/A Construções, Marcelo Abreu, lembrou da necessidade de ampliação da participação de empreendimentos mineiros nas grandes obras executadas pelo mercado de energia no Brasil.
Fontes de Energia
Ao longo do seminário, especialistas analisaram as principais modalidades de energia renovável no país e avaliaram também as possibilidades de crescimento do setor de obras industriais em Minas Gerais. Darlan Santos, diretor-presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), detalhou a expansão da matriz elétrica brasileira, com foco na geração eólica. De acordo com ele, o setor, que conta com inúmeros projetos em fase de viabilidade técnica, tem alguns gargalos, que devem ser vistos pelos empresários como ‘’oportunidades de negócios’’. Atualmente, o Nordeste é responsável por mais de 85% da produção de energia eólica do Brasil, com destaque para Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará.
Em relação à geração solar, o diretor-executivo da Energia Plus, Sérgio Ennes, enfatizou a importância do planejamento associado aos projetos do segmento. Para ele, esse é um fator fundamental ‘’para que os empreendimentos saiam do papel’’ por um menor custo e com maior eficiência. Já o diretor-executivo da AHRPI Consultoria de Projetos, Antônio Harley, destacou que as usinas hidrelétricas também são uma fonte limpa e renovável de energia elétrica, ‘’apresentando diversas vantagens’’ e sendo utilizadas em várias regiões do Mundo. Hoje, em Minas Gerais, existem 9 usinas hidrelétricas autorizadas.
João Paulo Braga, diretor-presidente do Invest Minas (Agência de Promoção de Investimentos do Estado), ressaltou o potencial de MG para a atração de recursos relacionados ao mercado de energia. Segundo ele, a partir de um fluxo global de investimentos, o Estado tem se destacado no segmento. Em 2022, por exemplo, 99,5% da energia elétrica gerada em Minas Gerais era renovável. Além disso, o Estado dispõe de minerais críticos, como o Lítio. Vale lembrar que MG terá a primeira fábrica de geradores de hidrogênio verde da América Latina e que o Estado foi primeiro da região a aderir ao Race to Zero, um pacto global com objetivo de zerar as emissões de carbono até 2050.
No fim do evento, os participantes esclareceram dúvidas com os palestrantes em um momento de perguntas e respostas.
Caio Tárcia
Imprensa FIEMG