Reunindo os principais nomes do mercado empresarial do país, teve início, nesta terça-feira (24), o segundo dia de palestras do Imersão Indústria 2023.

Durante a abertura da programação, o economista e comentarista da rádio Jovem Pan, Samy Dana, esteve à frente de um painel temático sobre os desafios enfrentados pelas Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) instaladas no Brasil. Ele defendeu uma visão técnica sobre a economia, com métodos de pesquisa capazes de sustentar argumentos e amparar decisões governamentais.

Para Samy Dana, é fundamental alavancar a produtividade no país. Para isso, é necessário avançar com a Reforma Tributária que segue tramitando em Brasília. Além disso, segundo o economista, é importante investir mais recursos na educação, com o objetivo de qualificar a mão de obra que está à procura de novas oportunidades.

Em tom de otimismo, ele disse acreditar no desenvolvimento do Brasil por três motivos principais: grande demanda por produtos e serviços, circulação constante de capital e extensão territorial significativa, fator que torna o metro quadrado do país mais competitivo.

Simples Nacional e Reforma Tributária

Dando continuidade à palestra, o empreendedor, ex-presidente do SEBRAE Nacional e ex-deputado federal, Carlos Melles, analisou o sistema tributário brasileiro e apresentou um panorama sobre as Micro e Pequenas Empresas no país, muito impactadas pela pandemia da Covid-19. Para ele, o Simples Nacional, regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às MPE’s, foi fundamental para a consolidação do setor no Brasil, visto que as micro e pequenas empresas representam 99% do total de empreendimentos instalados no país. Melles salientou, porém, a necessidade de potencializar o desenvolvimento desses negócios, já que, entre 64 países analisados, o Brasil ocupa o 60º lugar no ranking mundial de competitividade.

Por fim, o diretor de programa da Receita Federal, Fernando Mombelli, ressaltou a importância da Reforma Tributária para o contexto econômico brasileiro. De acordo com ele, o atual sistema de cobrança de impostos do país, idealizado em 1965, precisa ser revisado, já que a segmentação da base de consumo, com a diferenciação entre serviços e mercadorias, traz complexidades para as questões tributárias. Na avaliação dele, as mudanças propostas irão desonerar a cadeia produtiva, gerando melhoras nos resultados obtidos pela indústria e ampliando a produtividade.

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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG

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