O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, ministrou, nessa quarta-feira (4), uma palestra, durante o FIEMG Lab Summit, sobre a matriz elétrica brasileira. Em pauta, a importância das hidrelétricas no processo de transição energética, com o objetivo de reduzir as emissões de carbono no país.
Segundo o dirigente, ao longo dos últimos 40 anos, o percentual de energia limpa gerada no Brasil tem diminuído, mesmo com a ascensão das fontes eólica e solar. ‘’Na década de 1990, era de aproximadamente 97%, enquanto, em 2022, caiu para 89%. Nesse período, houve uma queda expressiva na participação das hidrelétricas, de 96% para 64%, além do aumento da produção de energia não renovável, especialmente via termelétricas a gás, para compensar a intermitência das energias eólica e solar’’, explicou.
Um estudo divulgado neste ano pela FIEMG mostra que as hidrelétricas, além de fornecerem energia limpa e renovável, emitem significativamente menos gases de efeito estufa em comparação com as termelétricas. De acordo com o levantamento, caso as hidrelétricas substituíssem as fontes não renováveis, como defende a Federação, haveria uma redução de quase 20% no valor da conta luz, além de queda de 3% no preço da cesta básica. Flávio Roscoe lembrou, ainda, que os municípios que contam com a presença de hidrelétricas registram um desenvolvimento econômico e social superior ao restante do Estado. Vale lembrar que Minas Gerais um dos signatários do ‘’Race to Zero’’, campanha global para reunir lideranças com objetivo de alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050. Porém, segundo Roscoe, a meta só será alcançada se o Brasil retomar os investimentos em usinas hidrelétricas.
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O FIEMG Lab Summit
Startups, indústrias e o ecossistema de inovação formado pelo FIEMG Lab se reúnem, entre os dias 4 e 5 de dezembro, para o FIEMG Lab Summit. O evento, realizado no P7 Criativo, sede do hub de inovação, em Belo Horizonte, marca o encerramento de uma jornada de 18 meses de trabalho, envolvendo grandes indústrias e startups de todo o Brasil. Gustavo Macena, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e presidente do P7 Criativo, destacou a importância da iniciativa para ‘’a melhoria de processos e a captação de recursos em empresas de diferentes segmentos’’.
Segundo a gerente de Inovação Aberta do FIEMG Lab, Mariana Yazbeck, o Summit tem evoluído a cada ano. ‘’ “Somente nos últimos 18 meses, 92 indústrias foram impactadas, reunindo 826 profissionais e mais de 34 milhões de reais em negócios gerados. Por parte das startups, 240 projetos foram gerados, resultantes de quase 900 horas de capacitação”, ressaltou.
O FIEMG Lab
Criado em 2017 como um hub de inovação aberta para a indústria, o FIEMG Lab ganhou, por dois anos consecutivos – 2023 e 2024 -, o prêmio de melhor ecossistema de inovação aberta entre as organizações do Sistema S, entidades públicas, sindicais e patronais do Brasil pelo Ranking 100 Open Startups.
Além disso, desde a criação, o FIEMG Lab já desenvolveu mais de 300 startups com soluções para a indústria, mais de 45 desafios de inovação aberta lançados, mais de 5.400 encontros de negócios entre indústrias e startups, mais de 100 milhões de reais em novos negócios gerados entre startups do FIEMG Lab e a Indústria, mais de 120 provas de conceito realizadas e mais de 2.600 profissionais desenvolvidos.
Caio Tárcia
Imprensa FIEMG