A FIEMG realizou, no dia 13 de outubro, uma reunião conjunta dos Conselhos de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Relações Internacionais, na sede da entidade, em Belo Horizonte. O encontro teve como tema central as perspectivas e oportunidades da COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.
O presidente do Conselho de Meio Ambiente, Mário Campos, destacou o preparo da cidade-sede e o potencial legado do evento. Já o presidente do Conselho de Relações Internacionais, Alexandre Mello, ressaltou a importância do diálogo entre governo e setor produtivo. “Ainda não há clareza sobre o posicionamento do Brasil. Nosso papel, como indústria, é subsidiar o governo com informações e contribuir para um posicionamento consistente e propositivo”, afirmou.
O gerente de Meio Ambiente da FIEMG, Thiago Cavalcanti, lembrou que a entidade atua há muitos anos na pauta climática, com destaque para o Centro de Descarbonização do CIT SENAI. Ele anunciou ainda que a FIEMG participará do Minas Day 2025, na pré-COP30, apresentando um estudo sobre preservação ambiental em áreas de mineração.
Durante a reunião, Bruna Araújo, da WayCarbon, apresentou o painel “COP30 – Perspectivas para entes subnacionais”, destacando o papel estratégico de estados e municípios na agenda climática global e os 30 eixos de ação da COP30, que envolvem temas como transição energética, gestão de florestas, financiamento climático, resiliência urbana, agricultura sustentável e desenvolvimento humano.
Ela também destacou as oportunidades para Minas Gerais na COP30, como o fortalecimento da liderança em transição energética e inovação industrial, a cooperação com bancos de desenvolvimento e investidores internacionais, e a integração de instrumentos de financiamento verde.
Essas pautas ganharão ainda mais destaque no Minas Day 2025, evento que acontecerá no dia 6 de novembro, durante a pré-COP30 no Rio de Janeiro, com a presença do governador Romeu Zema e parceria entre o Governo de Minas, FIEMG, CEMIG e WayCarbon. O encontro reunirá governos, sociedade civil, organismos internacionais e investidores, promovendo parcerias estratégicas e a divulgação de projetos de destaque em energia, recuperação ambiental, indústria e financiamento.
A representante da CNI, Rafaela Aloise de Freitas, apresentou o panorama da agenda internacional do clima e das negociações da COP30, reforçando a importância do Acordo de Paris, do Plano Clima e da regulamentação do mercado de carbono para o fortalecimento da competitividade e da sustentabilidade industrial brasileira.
A especialista detalhou a NDC brasileira (Contribuição Nacionalmente Determinada), que prevê uma redução de até 67% das emissões até 2035, e o Plano Clima, instrumento que estabelece diretrizes de mitigação e adaptação aos impactos climáticos até 2035.
Denise Lucas
Imprensa FIEMG