O setor industrial tem grande importância na estrutura econômica e social de Minas Gerais. Além da atividade mineradora, o estado possui grandes indústrias em extensas cadeias produtivas, como a automotiva e a metalúrgica, que são responsáveis por milhares de empregos e contribuem para a geração de renda no estado.
A Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG divulgou este mês o resultado das exportações de Minas Gerais em 2023. O levantamento é realizado mensalmente com o objetivo de prover informações econômicas básicas sobre a caracterização da indústria no Estado de Minas Gerais e nas Regionais FIEMG, além de permitir uma análise comparativa da evolução e desempenho entre as regiões do estado.
A Regional Vale do Paranaíba abarca 14 municípios do triângulo mineiro, sendo eles: Abadia dos Dourados, Araguari, Cascalho Rico, Douradoquara,Estrela do Sul, Grupiara, Indianópolis, Iraí de Minas, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Prata, Romaria, Tupaciguara e Uberlândia.
De acordo com o levantamento, a região do Vale do Paranaíba representou 6,1% da exportação estadual no ano de 2023, que teve como valor total US$ 2,17 bilhões.
Capacitação de indústrias locais
O Programa de Qualificação para Exportação, (PEIEX), da ApexBrasil, em parceria com a FIEMG, é um programa realizado em Minas Gerais nas cidades de Uberlândia e Belo Horizonte, e foi encerrado no último dia 24 de janeiro. Como resultado, apresentou aos presentes o trabalho de capacitação em exportação com 125 empresas do triângulo mineiro. A uberlandense “Brilho do Sol” associada ao Sindivestu começou com a dinâmica de exportar seus produtos nos anos 2004, 2005 e 2006 para Portugal. Após uma pausa retomou as exportações em 2011 para países como Moçambique, Inglaterra e Portugal; e participou de PEIEX em diversos ciclos.
“Em 2022 fizemos novamente o PEIEX, conhecendo novas ferramentas e metodologias. Ainda em 2022 tive a oportunidade de participar de feiras da Apex Brasil; em 2023 continuamos exportando para Portugal, Itália, e hoje aproximadamente 5% do que produzimos é destinado a exportação.”, afirmou o proprietário e vice-presidente do Sindivestu, Marcos Daniel.
A “Nullscar”, empresa do município que produz fitas de silicone para evitar cicatrizes inestéticas, que são aquelas alargadas, hipertróficas (com marcas) e queloideanas, também participou do PEIEX e colaborou para os bons resultados em exportação da região do triângulo em 2023. De acordo com a proprietária, Vânia Ferreira, o atendimento do PEIEX foi essencial para as exportações da empresa, já que instruiu em diversas temáticas para exportação e toda a operacionalização envolvida no processo.
“A exportação que realizamos foi para pacientes que conheceram nossos produtos aqui no Brasil e levaram para seus países de residência, que foram USA, Inglaterra , Portugal , Philipinas , Perú e Itália. Todavia agora já temos pedidos de empresas e médicos interessados em ser nossos representantes ou distribuidores em seus Países. Neste momento estamos realizando o registro sanitário nos órgão correspondente a ANVISA, em outros países, pois nosso produto esta apenas registrado na ANVISA e FDA e para exportação em grande escala é necessário este registro em todos os Países de destino.”, reforça Vânia Ferreira.
A ApexBrasil já sinalizou o interesse em renovar o convênio do programa PEIEX com a Federação porém não confirmou a data oficial, por enquanto, as empresas interessadas podem procurar orientações especializadas no CIN (Centro Internacional de Negócios) da FIEMG através da FIEMG Regional Vale do Paranaíba em Uberlândia.