Fotos: Graciele Vianna e Natália BastosFoi realizado em Juiz de Fora, no dia 03 de julho, o 1° Workshop do Arranjo Produtivo Local (APL) Farol da Mata Vestuário e Afins. O evento, capitaneado pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Juiz de Fora (Sindivest-JF), por meio de sua presidente Mariângela Miranda Marcon, contou com a participação de órgãos da governança do APL, como Sindimeias-JF, FIEMG, SESI MG, SENAI MG, Prefeitura de Juiz de Fora, Sebrae MG e representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE). A ideia era escutar as indústrias para traçar os melhores caminhos para o APL: defesa de interesses, definição de estratégias e plano de ação.
A abertura do evento foi realizada por Mariângela Marcon que, além de presidente do Sindivest-JF, também lidera a Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios da FIEMG e está à frente da governança do APL. Ela destacou que o intuito da reunião era iniciar o trabalho conjunto das organizações que fazem parte do Arranjo. “Desde que tivemos nosso APL certificado, não havíamos desenvolvido nenhuma ação estratégica, nenhum plano. Chegou o momento de concentrar esforços para desenvolvermos este projeto. Essa reunião foi convocada para que possamos criar ações concretas”, disse.
Mariângela Marcon informou que elaborou um estudo preliminar para os membros da governança, onde compilou ações que são desenvolvidas em outros APLs do país, e que podem ser trazidas para discussão de forma concreta. O trabalho contém uma contextualização, sugestão de criação de comitês e elaboração de um plano de desenvolvimento estratégico. Mas devido à presença de representantes da SEDE, a presidente do Sindivest-JF preferiu ouvi-los, em vez de apresentar seu trabalho. “É muito importante escutar o que a Secretaria tem a nos dizer, assim como ouvir os associados e suas expectativas. Vamos debater nossa situação atual, desafios e oportunidades de desenvolvimento”, destacou.
Fernando Abreu, da SEDE, é consultor de empresas e tem experiência com trabalho com APLs, inclusive o de Nova Serrana. “Sou de uma linha associativista, acredito que trabalhar junto gera resultado. Precisamos transformar a cultura de concorrência em convergência, pois é nos municípios que as coisas acontecem, gerando emprego e renda. A partir do momento em que o AL ganha representatividade, ganha ouvido, voz e braços. Mas é preciso trabalhar com disciplina e constância”, disse.
Foi comentado também que quanto mais estruturada a governança, mais forte e organizado é o APL. As empresas de Juiz de Fora e região faturaram R$ 780 milhões no ano passado e aparecem em quinto lugar no estado. Fernando Abreu apresentou então um plano de ação padrão, contendo pontos a serem desenvolvidos pelo APL, tais como: estruturação da governança para torna-lo mais forte; levantamento de demandas comuns; inovação e pesquisa; desenvolvimento econômico territorial e encadeamento produtivo. “Precisamos de uma governança forte para que as demandas cheguem estruturadas”, disse.
A presidente Mariângela Marcon ressaltou que temos que sair do discurso e partir para a prática. “Estamos começando o trabalho do APL efetivamente hoje. Vamos nos organizar, levantar nossas dores e demandas e marcar novas reuniões. Nosso encontro foi bom porque entramos em questões que precisam ser discutidas com clareza. O APL Farol da Mata Vestuário e Afins não pertence ao Sindivest-JF exclusivamente, e sim a cada um de vocês que se interessa em agir coletivamente para o bem comum de Juiz de Fora, região e, consequentemente, da empresa de vocês. Precisamos fazer juntos algo pelo nosso setor do vestuário”, afirmou.
Ela destacou ainda que o APL já tem formalizada uma governança institucional. “Faremos uma governança de cinco empresários para conduzimos juntos os próximos passos, se eles forem de fato pretendidos por vocês. Mas o mais importante a destacar é que ninguém constrói nada sem engajamento, comprometimento e vontade política”, disse. Após a reunião, Mariângela repassou aos associados, membros da governança do APL e representantes da SEDE seu estudo preliminar para o desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local.
Graciele Vianna
Imprensa FIEMG