O Conselho de Política Econômica da FIEMG promoveu, nesta quinta-feira (13), a primeira reunião de 2025, com o objetivo de avaliar o cenário atual do país e definir diretrizes para o setor industrial em 2025. O encontro foi realizado na sede da Federação, em Belo Horizonte, e foi conduzido pelo presidente do grupo, Rogério Mascarenhas. Ele ressaltou o trabalho realizado pelo colegiado ao longo de 2024 e lembrou dos desafios para os próximos meses. ‘”O Conselho de Política Econômica vem trabalhando ativamente para acompanhar tendências, avaliar cenários e contribuir com iniciativas que fortaleçam a indústria. Em 2025, seguimos comprometidos em promover debates estratégicos e apoiar ações que impulsionem o desenvolvimento do setor’’, afirmou.

A pauta incluiu, também, a análise da ata mais recente do Comitê de Política Monetária (COPOM), com foco nos impactos das decisões sobre juros e inflação para a indústria. João Gabriel Pio, economista-chefe da Federação e secretário-executivo do Conselho, explicou a decisão do Comitê. ‘’O Copom decidiu de forma unânime pelo aumento da taxa básica de juros em 13,25% a.a. A ata da última reunião mostrou que, enquanto o cenário doméstico indica atividade econômica forte, inflação elevada e repasse cambial, o contexto internacional se mantém adverso, com incertezas em relação à velocidade do processo de desinflação’’, destacou. Além disso, ele anunciou que a FIEMG passou a integrar o seleto grupo de instituições que contribuem com projeções para o Boletim Focus do Banco Central. Segundo o economista, essa participação faz com que o setor produtivo ganhe representatividade, trazendo uma visão mais alinhada à realidade das empresas e da economia real. O Boletim Focus é uma publicação semanal que reúne projeções para inflação, taxa de juros, PIB e câmbio, sendo uma referência para o mercado e formuladores de políticas na tomada de decisões.

O planejamento estratégico do Conselho para 2025 também foi debatido, com a apresentação de temas e iniciativas voltadas ao fortalecimento da competitividade industrial, melhoria do ambiente regulatório e estímulo à inovação.

Além das apresentações técnicas, os participantes tiveram espaço para contribuir com sugestões e demandas do setor, reforçando a importância da articulação entre empresas, governo e entidades representativas.

Caio Tárcia
Imprensa FIEMG