A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) sediou, nesta segunda-feira (23/6), o seminário “Reforma do Setor Elétrico: o que está em jogo?”, promovido em parceria com o Conselho de Consumidores da Cemig (Concemig). O encontro reuniu representantes do setor produtivo, associações empresariais, consumidores e autoridades públicas para debater os efeitos das recentes movimentações legislativas sobre o modelo energético brasileiro.
O evento ocorre após a votação do Veto nº 3/2025, realizada no Congresso Nacional na semana passada. Parte dos vetos presidenciais à chamada “Lei das Eólicas Offshore” foi derrubada, o que reacendeu o debate sobre os impactos tarifários e ambientais das propostas em tramitação. Para a FIEMG, o cenário ainda exige atenção máxima.
“A boa notícia é que os dispositivos derrubados foram os de menor impacto financeiro e ligados à energia renovável. Agora, a prioridade é manter os vetos relacionados às térmicas movidas a carvão e gás natural, que podem elevar a tarifa de energia em até 6% e comprometer a sustentabilidade da matriz elétrica”, afirmou o presidente em exercício da FIEMG, Bruno Melo Lima, durante a abertura do seminário. “Reunimos hoje os principais players do setor para discutir o futuro da energia elétrica no Brasil’’, ressaltou o dirigente.
A mobilização liderada pela FIEMG, em articulação com outras entidades do setor produtivo e da sociedade civil, contribuiu para evitar a aprovação de medidas com impacto bilionário para os consumidores de energia. Segundo estimativas, a manutenção parcial dos vetos evitou um reajuste de até 9% nas contas de luz, limitando o impacto previsto para cerca de 3%.
O seminário contou com ainda com a participação de Marcos Madureira, presidente executivo da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE); e Fernando Teixeirense, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE).
Representando o Conselho de Consumidores da Cemig, a gerente de Energia da FIEMG, Tânia Mara Santos, reforçou a importância de ampliar o diálogo com os consumidores e acompanhar de perto a agenda legislativa.
No encerramento, o deputado federal Diego Andrade apresentou a síntese dos debates e os próximos desdobramentos no Congresso. ‘’Queremos ouvir as principais demandas da indústria para que possamos tomar decisões certeiras, sem prejudicar o setor e a população’’, disse o parlamentar, que preside a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
A FIEMG reiterou seu compromisso com a defesa de um modelo energético baseado em previsibilidade, eficiência e sustentabilidade. Para a entidade, proteger os consumidores e preservar a competitividade da indústria depende da continuidade da mobilização e do engajamento permanente da sociedade.
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Caio Tárcia
Imprensa FIEMG