A FIEMG Regional Zona da Mata sediou, no dia 6 de novembro, no auditório da Escola SESI Granbery, em Juiz de Fora, a última das etapas livres regionais da Conferência Nacional do Trabalho, promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O evento reuniu mais de 300 participantes, entre trabalhadores, empregadores, lideranças sindicais, gestores públicos e representantes da sociedade civil, consolidando-se como um dos encontros mais representativos da região em torno do futuro das relações de trabalho no país. O objetivo da conferência foi debater políticas mais justas, relações de trabalho mais equilibradas e um ambiente produtivo e mais humano para todos.
A presidente da FIEMG Regional ZM e do Sindivest JF-GV, Mariângela Marcon, participou da mesa de abertura e, posteriormente, apresentou palestra no segundo painel de debates, reforçando a importância do diálogo social e do equilíbrio entre competitividade e justiça social nas políticas trabalhistas. O evento foi liderado pelo superintendente regional do Trabalho, Carlos Alberto Calazans, e pelo gerente regional do Trabalho, Sérgio Nagasawa, contando ainda com a participação da prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, entre outras autoridades. Presidentes de Sindicatos da Zona da Mata também estiveram presentes: Ana Lúcia Machado Sabino (Metal JF), Carlos Eduardo Manera (Sinduscon-JF) e Heveraldo Castro (Sindipan-JF).
A abertura foi marcada por falas que ressaltaram a necessidade de se pensar o trabalho sob novas perspectivas, diante do avanço tecnológico, da automação e da inteligência artificial. Em sua fala, a presidente Mariângela Marcon destacou o orgulho da Federação em acolher um espaço de construção coletiva tão relevante: “É uma honra sediar e participar de um evento de tamanha relevância para o diálogo entre trabalhadores, empregadores e representantes da sociedade civil. Esta conferência chega em um momento decisivo, em que o mundo do trabalho passa por transformações profundas. Mais do que nunca, precisamos fortalecer o diálogo social, com respeito mútuo e compromisso com o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a justiça social”, afirmou.
A presidente ressaltou ainda que a FIEMG tem buscado contribuir ativamente para o aperfeiçoamento das relações trabalhistas, com propostas concretas que conciliem produtividade, segurança jurídica e valorização do trabalhador. Durante sua palestra no painel “Mercado e futuro do trabalho: intermediação, qualificação profissional e competências”, Mariângela apresentou o documento “Propostas de aperfeiçoamento das relações trabalhistas e de competitividade industrial”, elaborado pela Regional, contendo sugestões que serão levadas à etapa estadual da conferência.
Entre os principais pontos defendidos pela FIEMG estão: a valorização da negociação coletiva como instrumento legítimo de regulação das jornadas e acordos trabalhistas; a redução de encargos e burocracias para micro e pequenas empresas; a flexibilização responsável das obrigações trabalhistas sem comprometer a proteção social; a busca por segurança jurídica para estimular o investimento e a geração de empregos; e a necessidade de ajustes nas normas de saúde e segurança (como a NR-1) com viabilidade técnica e prazos adequados.
“As empresas e os trabalhadores não estão em caminhos contrários — estão, na verdade, somando forças e construindo o futuro. Negociação coletiva e segurança jurídica precisam caminhar juntas para que possamos manter a competitividade sem abrir mão da dignidade humana”, destacou Mariângela durante o painel. No encontro, os participantes debateram temas como redução de jornada, segurança jurídica, saúde mental no ambiente de trabalho e o papel das novas tecnologias no mercado de trabalho, gerando propostas que serão encaminhadas à etapa estadual da conferência, em Belo Horizonte.
Sediando a etapa regional deste evento, a FIEMG reafirma seu compromisso em fortalecer o diálogo entre capital e trabalho, atuando como ponte entre os interesses da indústria e as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável e inclusivo. “O futuro do trabalho deve ser construído com base em dados, diálogo e inovação. Nosso desafio é garantir que o avanço tecnológico e a produtividade caminhem lado a lado com a valorização das pessoas”, concluiu Mariângela.
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Graciele Vianna
Imprensa FIEMG













