Com o objetivo de capacitar lideranças para atuação em Conselhos de Administração, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) iniciou nesta quarta-feira (4/03) mais uma turma do Programa de Desenvolvimento de Conselheiros. Ao todo, 64 empresários, diretores, CEOs, assessores e gestores de diversos segmentos da indústria mineira e também do setor de serviços compõem a 19ª turma.
Na aula de abertura, que ocorreu em formato online, o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, deu boas-vindas aos participantes e contou um pouco sobre como surgiu o programa. “Esse curso teve objetivo inicial de preparar os conselheiros para a própria casa e, à medida que fomos formatando o conteúdo, concluímos que não deveríamos restringir à casa e sim levar para a comunidade empresarial mineira porque entendemos que precisávamos melhorar o nível de governança das empresas”, contou.
Roscoe também reforçou a importância de que o corpo discente participe e ajude a melhorar o curso cada vez mais. “É um curso dinâmico, então a cada turma pegamos um feedback para melhorar para a próxima. Então, dêem suas contribuições porque foi a contribuição das turmas anteriores que permitiu que o curso chegasse a esse nível e a contribuição de vocês é que vai permitir que ele sempre melhore”, disse. Ele ainda incentivou a participação da turma porque as diferentes experiências de cada um dos alunos enriquece o aprendizado, para além do conteúdo repassado pelo corpo docente.
Em seguida, o superintendente do IEL, Gustavo Macena, também recebeu os alunos e fez uma palestra com o tema “O Conselheiro do Amanhã”, onde iniciou com diversas provocações sobre os desafios impostos à indústria pelas constantes mudanças na legislação, avanço da tecnologia, introdução da Inteligência Artificial, e falou sobre a importância de um programa de desenvolvimento de conselheiros.
Macena ainda pontuou a importância de que as empresas formem conselhos de administração independentemente de seu tamanho, estrutura ou momento, porque os conselhos podem dar respostas mais rápidas e eficientes aos desafios e problemas. “Quando vamos colocar a proposta de formar um conselho em uma indústria, há um mito de que a empresa precisa estar redondinha para estabelecer esse conselho, quando é exatamente o contrário. Conseguimos estabelecer um conselho para que esse conselho ajude a ‘arrumar’ essa empresa e trazer confiança a quem está decidindo”, disse.
Ainda durante a aula de abertura, alguns professores participaram dando boas-vindas aos alunos da nova turma de conselheiros e o professor de Gestão de Riscos e Compliance, Rodolfo Viana, explicou um pouco sobre a importância de sua disciplina e apresentou o boardcase do curso.
“Uma das primeiras coisas que pensamos no curso era como aplicar o conhecimento que vocês adquirem ao longo das disciplinas de modo prático, ou seja, criar um manancial de conceitos e aplicá-lo em uma operação prática. Por isso, desenvolvemos um estudo de casos e que os alunos, em grupos, vão lidar com alguns desafios propostos por quatro disciplinas e resolver esse caso concreto”, explicou. As disciplinas envolvidas no boardcase são: Governança; Gestão de Riscos e Compliance; Estratégia; e Legislação.
Programa de Desenvolvimento de Conselheiros
O Programa de Desenvolvimento de Conselheiros da FIEMG tem duração de três meses com aulas sobre estratégia, legislação, inovação e tecnologia, gestão de pessoas, ESG, gestão de riscos e compliance, governança, entre outras, além do boardcase.
Desde a sua criação, em 2019, o programa já formou mais de 600 conselheiros e a meta é que esse número dobre até o final de 2025. “Até 2025 está em nossa agenda alcançar 1.000 conselheiros capacitados e isso não se trata apenas de um número aleatório, mas vamos começar a trabalhar a inserção de conselheiros, abrindo oportunidades nas empresas, especialmente familiares, promovendo seu profissionalismo, a evolução da governança corporativa e a longevidade”, disse a gerente de Educação Executiva e Hub de Carreiras do IEL, Rejaine Almeida, na aula de abertura da 19ª turma.
Rejaine fez alusão às empresas familiares porque, segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas, elas representam 90% das empresas brasileiras e respondem por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e mais de 75% da mão de obra no país. Ainda segundo a gerente, o estudo aponta ainda que 30% dessas empresas chegam à 3ª geração. “Essa é uma informação extremamente importante e reforça que não estamos apenas preocupados em ter mais conselheiros, mas também de contribuirmos para o avanço da governança no nosso Estado e no nosso país porque precisamos apoiar as empresas para que sejam mais longevas, sustentáveis e socialmente responsáveis”, completou.
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Thaís Mota
Imprensa FIEMG