Fotos: Graciele Vianna
O ambiente competitivo no qual as empresas atuam as obriga a uma permanente preocupação com a melhoria em seus processos operacionais, e no setor gráfico não é diferente – a busca constante por mão de obra qualificada é uma das principais demandas das indústrias do segmento.
Face a esse contexto comum – a falta de mão de obra do setor em Juiz de Fora, o Sindicato das Indústrias Gráficas de Juiz de Fora (Sindigraf-JF), visando atender ao apelo das empresas associadas e do setor gráfico da cidade, realizou no dia 28 de junho uma reunião com seus diretores, associados e representantes do SENAI “José Fagundes Netto”, entidade responsável pela formação de mão de obra para o setor industrial de Juiz de Fora. Com uma equipe multidisciplinar que integra capacidades diversificadas e complementares, o SENAI tem competências e soluções ajustadas às necessidades das empresas e qualificações alinhadas com as tendências do mercado de diversos segmentos industriais.
O encontro aconteceu na própria unidade do SENAI JFN, em Juiz de Fora e, durante a reunião, o presidente Sérgio Picoli tratou de assuntos gerais de interesse da entidade. Em seguida, colocou-se em pauta a reinvindicação dos empresários: a formação de mão de obra para o setor gráfico em todos os seus segmentos e, especificamente, de profissionais que operem os maquinários de corte e vinco.
Todos os presentes confirmaram a necessidade deste profissional nesta função em suas empresas e colocaram-se à disposição para juntos encontrarem a melhor solução para que seja oferecido um curso de corte e vinco na Escola Gráfica de Juiz de Fora, um desafio. Mas para que isso aconteça, seria necessário que Escola Gráfica adquirisse um maquinário para que os alunos possam fazer as aulas práticas.
Em vista disso, alguns empresários colocaram suas gráficas à disposição para a realização das aulas práticas – “uma inciativa louvável e incentivadora ao projeto”, segundo o presidente Sérgio Picoli. De acordo com ele, o gerente regional SESI/SENAI Zona da Mata, Humberto Rezende, e o gerente do SENAI JF, Vander Montesse, foram convidados a participarem da reunião para ouvirem as reinvindicações do setor e esclarecerem a todos as possibilidades de apoio que o SENAI pode oferecer para que esse curso seja realizado.
Durante o encontro, foram discutidos também planos de ação para a recuperação do mercado da indústria gráfica, que foi extremamente abalado pela pandemia. O presidente Sérgio Picoli apresentou os benefícios que o sindicato oferece às empresas associadas, inclusive os serviços prestados pela FIEMG, comentando que as demandas das empresas devem ser levadas ao sindicato. “Nossa entidade pode organizar visitas técnicas às unidades SENAI de Belo Horizonte, ao complexo do P7 Criativo, desenvolver missões empresariais, cursos e treinamentos de acordo com as necessidades e interesses do setor”, disse.
O grupo foi convidado também a visitar as instalações da Escola Gráfica do SENAI JF, que fica localizada na unidade e oferece o curso de Aprendizagem Industrial em Impressão Offset. O curso tem um ano de duração, carga horária de 802,5 horas, e atualmente está funcionando com uma turma de 22 alunos. Acompanharam a visita os gerentes Humberto Rezende e Vander Montesse, além do instrutor da Escola Gráfica, André Picoli. Vander Montesse explicou sobre o funcionamento do curso de Aprendizagem Industrial, que é voltado para jovens de 16 a 24 anos. “Além disso, o SENAI pode desenvolver também treinamentos específicos, estruturados de acordo com as demandas das empresas e voltados para funcionários que necessitem de capacitação em alguma área em especial”, disse.
Na oportunidade, o grupo de empresários conheceu também a mais recente aquisição da Escola Gráfica, uma impressora 4 cores, all color da marca Heidelberg, referência no mercado. Segundo o instrutor André Picoli, ela é bem mais robusta, moderna e superior em qualidade de impressão do que a máquina anterior que a unidade dispunha. O equipamento ficava no SENAI Horto, em Belo Horizonte, e foi conseguido por meio do empenho do presidente Sérgio Picoli junto à presidência da FIEMG. “Esta máquina representa uma grande conquista para o nosso setor, pois traz inovação e modernidade para nossa Escola Gráfica, e o espaço está aberto à visitação dos empresários que quiserem conhecer. Entrem em contato com o sindicato, nós teremos muita satisfação em acompanhá-los nesta visita ”, disse Sérgio Picoli.
Logo após a visita, em reunião com os representantes do SENAI, uma outra questão foi levantada pelos empresários: a possibilidade de inserção de um módulo sobre corte e vinco na grade curricular do curso que já oferecido pela unidade e a possibilidade de se conseguir uma máquina deste segmento para a escola. Os associados disseram que o mercado está se modificando e os funcionários estão envelhecendo, então é preciso treinar novos colaboradores. Sérgio Picoli ressaltou que esta aproximação com o SENAI é fundamental e colocou o sindicato à disposição dos empresários para ajudar em todas as situações que precisarem, inclusive na captação de alunos para atuarem nas empresas.
Graciele Vianna
Imprensa FIEMG
Colaboração: Sindigraf-JF