Entre 7 e 8 de novembro, alunos da primeira turma de mestrado profissional em Computação Aeronáutica estiveram em Belo Horizonte e participaram de um workshop promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ao longo do evento, professores e estudantes realizaram visitas técnicas ao P7 Criativo, CIT SENAI, Centro 4.0 e também a empresas parceiras. O curso é resultado de uma parceria entre IEL e ITA.
Criado em 2021, o mestrado profissional em Computação Aeronáutica conta com aulas telepresenciais e tem vinte e nove profissionais matriculados, que deverão se formar no ano que vem. A segunda turma terá início no próximo dia 21.
Gustavo Macena, superintendente regional do IEL-MG e presidente do P7 Criativo, ressaltou que incentivar e investir em educação no Brasil é fundamental para desenvolver uma mentalidade “empreendedora e competitiva” nas pessoas, que, com isso, estarão aptas a ocupar as melhores oportunidades no mercado de trabalho. De acordo com o vice-reitor do ITA, Jesuíno Takachi, a parceria entre o Instituto e a FIEMG já tem rendido bons resultados para as duas entidades.
Durante o primeiro dia do encontro, Reynaldo Gama, CEO da HSM e co-CEO da SingularityU Brazil, ministrou uma palestra sobre o futuro da educação, abordando temas como inteligência artificial e Soft skills. Já o professor titular do ITA, Carlos Forster, analisou os usos e fundamentos da tecnologia ChatGPT. Na avaliação de Rejaine Almeida, gerente de Educação Executiva e hub de carreiras do IEL, momentos como o workshop são importantes para a aproximar os alunos dos professores e, assim, fortalecer valores e ideia em comum.
Temas relevantes sobre inteligência artificial (IA) e dados foram apresentados sob diferentes óticas, por especialistas, em duas palestras, que fizeram parte da programação do segundo dia do Workshop IEL/ITA do mestrado em computação aeronáutica.
Desafios da inteligência artificial
Patricia Peck, CEO e sócia fundadora da Peck Advogados, falou a respeito dos mitos, verdades e aspectos gerais em torno da inteligência artificial generativa. Na esfera jurídica, ela entende que a análise de dados para a tomada de decisões precisa levar em consideração as novas tecnologias de IA, o que possibilita, por exemplo, “análise de dados em larga escala e reconhece padrões”.
Patricia explicou também algumas diferenças entre a IA preditiva e generativa no contexto da automação. A primeira, observou a palestrante, “prevê resultados com base em dados anteriores e os algoritmos apreendem com dados históricos para fazer previsões futuras”. Já a segunda “cria dados ou conteúdo original e os algoritmos geram novos dados a partir de conexões entre os dados anteriores.
Por fim, a especialista apresentou algumas questões sobre a aplicabilidade da IA no contexto jurídico, fomentando a reflexão a respeito da questão. “Qual o padrão ético que deve ser seguido pela IA, uma inteligência artificial pode alegar desconhecimento da le? Como definir uma metodologia para transparência ética algorítmica? Qual o limite para o segredo do negócio?”, questionou?
A segunda palestra tratou de transformação de negócios a partir do ponto de vista de Antonio Minier, diretor de transformação de negócios na Pif Paf Alimentos. Munier conduziu a apresentação a partir do que ele chamou de “inteligência artificial das organizações” porque, segundo ele, a utilização das novas tecnologias deve envolver, sobretudo, as pessoas que estão no dia a dia das empresas que precisam ser engajadas e adequadamente preparadas “em meio a uma sociedade globalizada, complexa, conectada, dinâmica e com alto grau de incertezas.
Além disso, o profissional entende que empresas e organizações podem encarar os desafios tecnológicos como “oportunidades de aprimorar processos e criar novos produtos ou serviços”. IA das organizações, conforme Antonio Minier, está associada o que ele classificou de “consciência digital” que envolve, prosseguiu, “ações coordenadas, crenças, hábitos e cultura, criando um novo ambiente interno e externo para a captura novos problemas e possibilidades”.
No entender do gestor, a consciência digital precisa estar ancorada na criatividade para resolver os problemas, na democratização da tecnologia, no pensamento baseado em dados, em processos simplificados e efetividade. “Qual é o grau de consciência digital da empresa de vocês? Vá ao encontro da mudança, abrace a exponencialidade e potencialize a inteligência artificial da sua organização”, sugeriu.
Aprendizado e experiências
O analista de sistemas Lucas Gerken disse que optou pelo mestrado em razão da relevância do IEL e do ITA na oferta de qualificação para profissionais e da modalidade remota do curso. “A pós-graduação tem sido um grande aprendizado, com professores excelentes, e realmente está sendo muito importante para a minha carreira. Sobre o workshop, a gente conseguiu se atualizar sobre temas atuais do mercado trabalho, como é o caso da inteligência artificial”. “O conhecimento é contínuo o mestrado me dá uma base mais sólida por ter uma abordagem multidisciplinar que ajuda na construção de uma liderança e na inovação”, disse a cientista Daiane Cristina dos Santos.
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Caio Tárcia e Rafael Passos
Imprensa FIEMG