O Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável se reuniu remotamente nesta terça-feira, 12 de novembro, para discutir pautas relevantes para o setor. Mário Campos, presidente do Conselho, destacou as mudanças recentes no cenário geopolítico, incluindo a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, que podem afetar as políticas ambientais globais. “Hoje o mundo aguarda o que o novo presidente norte-americano irá fazer nesta área”, afirmou Campos.
Durante o encontro, Priscila Sette, analista ambiental da FIEMG, apresentou os destaques do Minas Day, evento promovido na COP 29 para mostrar as ações de sustentabilidade de Minas Gerais. Entre as iniciativas está o estudo sobre a matriz elétrica brasileira e ações de empresas como Vale, Gerdau e Usina Coruripe. “Esses cases evidenciam o compromisso do estado com a sustentabilidade e a transição energética”, pontuou Sette. A COP 29 está acontecendo em Baku, Azerbaijão, até 22 de novembro, e o Minas Day tem sido uma oportunidade para fortalecer a imagem de Minas Gerais no cenário ambiental global.
Outro ponto abordado foi a lista de espécies exóticas invasoras em Minas Gerais, apresentada por Nathália Martins, analista ambiental da FIEMG. Ela enfatizou a importância da produção de um documento técnico para o Instituto Estadual de Florestas (IEF) para que o setor produtivo seja incluído na discussão. “Queremos que essa lista seja informativa e não punitiva, sem impactos negativos para a indústria”, ressaltou Martins.
Sobre o tratamento de Bifenilas Policloradas (PCBs), Danielle Wanderley, advogada da FIEMG, contextualizou a recente aprovação de uma minuta na 195ª Reunião Ordinária do Copam. A proposta permite que Minas Gerais receba resíduos de PCBs, substâncias tóxicas que devem ser eliminadas conforme as metas da Convenção de Estocolmo. Wanderley explicou que o Brasil se compromete a retirar equipamentos contaminados com concentrações acima de 50 mg/kg até 2025 e destinar os resíduos de forma ambientalmente correta até 2028.
A reunião também abordou a logística reversa e o Fundo de Apoio à Preservação Ambiental e Industrial (FAPI), com Patrícia Sena, coordenadora técnica da FIEMG, detalhando prazos e obrigações legais.Thiago Cavalcanti, gerente de meio ambiente da FIEMG, finalizou o encontro com atualizações sobre a COP 29 e a importância da energia hídrica para Minas Gerais, em especial no contexto da transição para uma matriz energética mais sustentável.
Denise Lucas
Imprensa FIEMG