A transformação digital associada a gestão do conhecimento deu o tom para a discussão de como as empresas podem se manter inovadoras e competitivas, durante a 8ª edição do Conecta, que este ano abordou a Gestão do Conhecimento – o capital estratégico das organizações.
O evento promovido pela FIEMG Regional Vale do Aço, ArcelorMittal Monlevade, Aperam, Cenibra e Usiminas, por meio do grupo técnico de Recursos Humanos do Conselho Estratégico da FIEMG, teve como foco o conhecimento de forma estratégica.
Na oportunidade, João Batista Alves, Presidente da FIEMG Vale do Aço, parabenizou o grupo por mais uma edição e reforçou a importância do tema. “Ao longo desses anos o Conecta se transformou no canal de debate que une indústrias âncoras, cadeia produtiva, instituições de ensino e comunidade. “Muito mais que transformar o conhecimento em ações e processos, a gestão eficiente do conhecimento traz diversas vantagens competitivas, além de ser um pilar estratégico para qualquer organização que deseja prosperar na era digital, transformando dados e informações em um ativo valioso para o sucesso”.
Para um público estimado em 450 pessoas, Rejaine Almeida,Especialista em Pessoas eCultura destacouque a valorização do conhecimento é decisiva para o sucesso e a inovação das empresas. “Mais do que um conjunto de ferramentas, é uma estratégia que visa transformar o conhecimento tanto explícito quanto tácito em um ativo valioso e um diferencial competitivo sustentável. Em uma economia baseada no conhecimento, a capacidade de inovar, adaptar-se e tomar decisões estratégicas depende diretamente da forma como a organização gerencia seu capital intelectual”, disse durante sua palestra sobre: A importância estratégica da cultura de conhecimento.
“O Conecta é um evento importante para o Vale do Aço permitindo que os participantes discutam temas relevantes para o momento. O tema definido para 2025 é uma das grandes dores das empresas: a gestão do capital intelectual e do conhecimento gerado dentro das empresas, entendendo seu foco estratégico. Tivemos contribuições de palestrantes referência no tema e a discussão de cases das empresas âncoras da região que agregaram à discussão”, endossou a Superintendente Gestão de Pessoas da Fundação São Francisco Xavier, Vanessa Júnia Teixeira.
Convidada a abordar as “Transformações na forma de gerar, armazenar e compartilhar conhecimento, a Presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, Elissandra Hurtado dividiu sua experiência de mais de 20 anos e orientou as indústrias a olhar para seu capital intelectual e sua governança.
“Toda gestão tem que ser explicita, sistemática e intencional. A abundância de dados gerada pela Indústria 4.0 exige um olhar estratégico para o capital intelectual, que se torna a principal fonte de inovação e vantagem competitiva”, reforçou.
Segundo Furtado em um mercado dinâmico, as indústrias precisam ser ágeis. “Uma gestão de conhecimento robusta permite que a empresa se adapte rapidamente a novas tecnologias e mudanças no mercado, usando dados e conhecimento interno para tomar decisões estratégicas mais assertivas”, destacou.
Programação
A tarde a programação contou com o painel: Diversidade que discutiu como a diversidade pode ser integrada de forma estratégica à gestão do conhecimento nas organizações. “O painel reforçou a importância de enxergar a diversidade como um pilar estratégico da gestão do conhecimento. Quando diferentes vivências se encontram, o conhecimento circula, a inovação se fortalece e as decisões se tornam mais completas. É a gestão do conhecimento acontecendo de forma viva e colaborativa”, descreveu a Gerente de Desenvolvimento de Talento na Usiminas, Tatiany Bouzas Sales Quintão,
No encontro foram apresentadas boas práticas corporativas, como o case de sucesso em empresas que adotaram políticas inclusivas e colheram benefícios em inovação, colaboração e desempenho; iniciativas que promovem a escuta ativa de grupos diversos, ampliando perspectivas e soluções, além de programas de mentoria cruzada, redes de afinidade e comitês de diversidade como ferramentas de disseminação de conhecimento.
Os desafios e barreiras também estiveram em pauta. Na oportunidade pontuaram a resistência cultural e institucional à inclusão de grupos minorizados; as dificuldades na mensuração do impacto da diversidade na gestão do conhecimento; a falta de representatividade em cargos estratégicos, o que limita a influência da diversidade nas decisões organizacionais e a necessidade de capacitação contínua para líderes e equipes sobre vieses inconscientes e comunicação inclusiva.
Inovação e Sustentabilidade
A gestão hídrica exige cada vez mais conformidade normativa, precisão nos dados e eficiência tecnológica, visando aprofundar temas essenciais para quem atua na área ambiental, o grupo técnico de Gestão Hídrica do Conselho Estratégico apresentou o painel: A Tecnologia e Conformidade: Inovação e Sustentabilidade na Gestão Hídrica para o Vale do Aço.
Em pauta foram apresentados: Deliberação Normativa COPAM-CERH/MG nº 08/2022 – diretrizes e implicações práticas para o enquadramento e o monitoramento de corpos hídricos em Minas Gerais. Monitoramento de parâmetros hídricos em tempo real – uso de tecnologias atuais para assegurar qualidade, rastreabilidade e conformidade legal e Inteligência de automação – como a integração de sensores e sistemas inteligentes otimiza processos, reduz custos e aumenta a confiabilidade na gestão hídrica.
Para essa ação foram convidados os palestrantes: Alex Cardoso Pereira – Diretor Executivo Interino da Agência da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (AGEDOCE); Felipe Morais – Gerente na Endress+ Hauser e Lucas Miranda – Especialista na Endress +Hauser.
“Compartilhamos um painel rico em conhecimento técnico e prático, conduzido por profissionais experientes que apresentaram soluções aplicáveis ao dia a dia das indústrias e instituições de gestão hídrica”, justificou Jamile Ferrari, Analista Ambiental da FIEMG.
Seminário de Manutenção
Paralelo aos painéis, o grupo técnico de Manutenção, promoveu o Seminário onde foi apresentado a Plataforma de gestão de conhecimento da Usiminas, as Boas práticas da gestão do conhecimento da Aperam, aliados à expectativa do grupo, fechando a ação com Mesa redonda e uma discussão mais aprofundada e interativa sobre os temas abordados.
O Conecta é uma iniciativa da FIEMG Regional Vale do Aço, ArcelorMittal Monlevade, Aperam, Cenibra e Usiminas. Esta edição contou com o apoio da Fundação São Francisco Xavier e Patrocinio da Bemisa.