No dia 17 de junho, a sede da FIEMG, em Belo Horizonte, recebeu o 2º Seminário da Escola SENAI de Audiovisual, realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com o Ministério da Cultura. O evento, que conta com o patrocínio do Sicoob e da J. Mendes, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, reuniu profissionais e entusiastas do setor audiovisual para uma jornada de conhecimento e desenvolvimento. O evento contou com o apresentador Elias Santos como mestre de cerimônias.
Rodrigo Fernandes, presidente da Câmara da Indústria da Comunicação e do Audiovisual da FIEMG, deu as boas-vindas aos presentes destacando o trabalho que a Federação mineira realiza. “Representamos o setor industrial do estado de Minas Gerais e atuamos na defesa de seus interesses local e nacionalmente. Trabalhamos para que a indústria mineira se torne cada vez mais competitiva, inovadora e sustentável”, disse, pontuando que a instituição fomenta negócios que têm como base a inovação e o conhecimento como ingredientes fundamentais para a geração de valor. “São inúmeras as ações de valorização dos setores que compõem a Economia Criativa, como o Minas Trend, o FIEMG Lab e o P7 Criativo, que age como um facilitador e um conector, criando sinergias entre empresas, estimulando o surgimento de ideias e favorecendo as interações profissionais”, afirmou.
“Em todo o mundo o audiovisual é um dos setores que mais cresce. Na economia brasileira, a geração de receitas chegou a R$ 32,5 bilhões em 2023. Todos os anos são gerados mais de 650 mil empregos diretos e 3,4 bilhões em impostos”, esclareceu.
Para o painel “A Formação e a Inclusão Sócio-Produtiva – O Papel da Indústria no Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro”, realizado na parte da manhã, foram convidados Leonardo Edde, produtor e diretor com mais de 25 anos de experiência, incluindo filmes como “Tropa de Elite 2” e Juca Ferreira, sociólogo, ex-ministro da Cultura e assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).O mediador do painel foi Helder Queiroga, diretor e produtor de cinema.
“A formação profissional é fundamental para o setor audiovisual e para a indústria criativa, que são grandes empregadores de jovens de até 29 anos e uma força poderosa em termos de soft power”, afirmou Edde, que também é vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). Ele mencionou a França, com sua gastronomia, a Coreia do Sul, com seus doramas e kpop, e os Estados Unidos, com Hollywood, como exemplos. “Soft Power é cultura, é desenvolvimento e é impacto na economia”.
Já Ferreira, destacou que a economia criativa é um dos temas mais importantes para o nosso país, tanto economicamente quanto culturalmente. “Elas estão no centro da transformação do Brasil, ajudando-o a deixar de ser apenas um exportador agrícola. As economias criativas englobam setores como audiovisual, moda, design, música e tecnologia, que têm um enorme potencial de gerar emprego e renda, além de promover a imagem do Brasil no exterior”, disse, ressaltando que o investimento neste setor pode impulsionar a inovação, atrair investimentos internacionais e diversificar a economia, a tornando mais resiliente e competitiva no cenário global.
A Escola SENAI de Audiovisual é um projeto viabilizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura por meio do patrocínio da SICOOB e J.Mendes.
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Um espaço de criação – Inaugurada em 2020, a Escola SENAI do Audiovisual é um espaço educativo, profissionalizante e de apoio ao mercado audiovisual em Minas Gerais, oferecendo uma qualificada trilha de conhecimentos com cursos, oficinas, debates e palestras tendo o público jovem seu foco principal. São mais de 400 alunos capacitados e que já estão no mercado de trabalho.
Denise Lucas
Imprensa FIEMG