Teatro de Bolso SESIMINAS
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Mariana Moreira estreia com álbum autoral de samba, “Ela saiu só para ver o céu”, com show no Teatro de Bolso Sesiminas
Sob a produção de Enéias Xavier, disco reverbera composições gravadas de forma acústica, com predominantes arranjos de piano e violão, incluindo uma releitura da obra de Sérgio Pererê; show de lançamento será no dia 21/04, com banda formada por mulheres
Cantora e compositora mineira, Mariana Moreira cresceu em um ambiente regado a música popular brasileira e reverenciando bambas que vão desde Noel Rosa e Cartola a Paulinho da Viola e Chico Buarque. A artista decidiu gravar algumas das canções que escreveu, inspirada pelo embalo de violões e percussões presentes em casa. “Ela saiu só para ver o céu” (2024), gravado de forma independente como sua estreia fonográfica, presta uma bela homenagem ao samba e ao forró, sob a direção musical do produtor e multi-instrumentista Enéias Xavier. O show de lançamento do álbum acontece no próximo dia 21/04 (quinta-feira), às 19h, no Teatro Sesiminas. Os ingressos podem ser adquiridos neste link, a partir de R$15.
● Ouça o álbum “Ela saiu só para ver o céu” (audição exclusiva para a imprensa)
Aluna de canto há mais de 20 anos, tendo estudado com referências como os preparadores vocais Eladio Pérez-González, Camila Jorge e Ana Hadad, a cantora Mariana Moreira resolveu trazer à tona, durante a pandemia, algumas canções que compôs ao longo dos anos — e que, até então, não haviam sido gravadas.
“Conversando com amigos durante a pandemia, decidi gravar o álbum. O nome do disco traz esse desejo, que sentimos durante o isolamento social, de poder sair, estar em lugares abertos, olhar o céu. Em casa, sempre tivemos música. Para mim e para minha família, a música é uma experiência que tem a ver com a nossa relação de afeto, alegria e cuidado”, diz a artista.
Com seis faixas, sendo cinco autorais e uma releitura da obra de Sérgio Pererê, “Ela saiu só para ver o céu” foi inteiramente gravado no Usina Estúdio, sob a condução do renomado Enéias Xavier — um dos produtores e baixistas mais celebrados do país, com mais de 30 anos de carreira, conhecido pelos trabalhos emblemáticos ao lado de nomes como Milton Nascimento, Toninho Horta, Chris Porter, Flávio Venturini e Beto Guedes. Já a mixagem e a masterização do disco ficaram a cargo de André Cabelo, no Estúdio Engenho.
Samba e tradição
A identidade e a unidade do álbum foram desenvolvidas a partir de um som essencialmente acústico, remontando a forma de gravar dos sambas tradicionais, ao valorizar sobretudo a percussão e os instrumentos clássicos do gênero, com o violão de 7 cordas, o clarinete e o piano — que também marcam a personalidade da bossa nova e da MPB. Por isso, o álbum conta com uma banda coesa e reduzida para as gravações, tendo Cyrano Almeida (bateria e percussões), Renato Saldanha (violões de 6 cordas), Christiano Caldas (acordeon), Sérgio Danilo (clarinete) e Alvimar Liberato (violão de 7 cordas).
“Desde o começo, a Mariana trouxe essa ideia forte do samba tradicional, e decidimos que não iríamos ter teclado elétrico, por exemplo, e nada que remetesse a um som moderno demais. A intenção era um samba tradicional, como as coisas gravadas pelo Chico Buarque, pela Marisa Monte, bem calcadas nos instrumentos clássicos. É por isso que a bateria, e até mesmo alguns samplers que usamos no disco, soam sempre muito percussivos, em diálogo com a tradição”, avalia o produtor Enéias Xavier, responsável por gravar a maioria dos instrumentos do disco, como baixo, piano, violão e viola.
Inspirações
Sob essa sonoridade, as músicas de Mariana Moreira são alimentadas por versos que parecem ter nascido sambando. “Você foi embora”, encorpada por solos de clarinete e uma bela baixaria no violão de 7 cordas, soa como um lamento envolvido de lucidez: “se eu errei foi porque não sabia viver / queria estar com você para lhe dizer / o que eu buscava lá fora / você sentia e ofertava toda hora”. Já na faixa “Jurei”, com roupagem de samba-canção, a compositora mostra que tem uma inclinação natural para criar refrões assertivos: “em vez de te dar o que merece / procuro em teu peito abrigo / que castigo”.
Fazendo jus à tradição familiar de Mariana Moreira, o disco conta ainda com dois sambas compostos pelo primo da artista, Deco, também cantor e compositor, ex-integrante da banda Dom Pepo e agora em carreira solo. “Adeus, Maria” e “Samba da Redenção” conferem mais brilho ao álbum, dialogando diretamente com a redoma de temas inerentes ao samba, como as despedidas, as voltas por cima e o perdão. Fora do escopo do samba, o disco traz o xote “Meu xodó”, composto pelo tio da artista, Josué Paglioto, em parceria com a poetisa Marília Abduani. “Eu quis muito ter essas participações da família porque comecei a cantar assim. E acho que as outras músicas que escolhemos parecem conversar com as músicas que compus, ainda sem saber que gravaria um dia”, diz Mariana.
O arremate do álbum ficou a cargo de uma releitura de “Oração do Perdão”, um clássico de Sérgio Pererê lançado em 2020, e gravado agora em uma versão intimista, apenas com o piano de Enéias Xavier sob a voz de Mariana Moreira. “Eu ouvi várias vezes e me apaixonei por essa música. O Pererê, de forma muito generosa, permitiu que eu gravasse com total liberdade. Aproveitamos o piano tão presente no disco e fizemos uma versão neste formato simples e delicado”, avalia Mariana.
Show
Para a apresentação no Teatro Sesiminas, Mariana Moreira vai interpretar o álbum na íntegra, além de incluir algumas releituras que também dialogam com os seus sambas. O repertório inclui clássicos da MPB, como “Ela e Eu”, de Caetano Veloso; “Para Um Amor no Recife”, de Paulinho da Viola; “Foguete”, de Roque Ferreira e Jota Velloso; e “Pela Décima Vez”, de Noel Rosa.
No palco, a banda será quase toda feminina, com exceção do produtor Enéias Xavier e do violonista Renato Saldanha. Acompanham a cantora as instrumentistas Débora Costa (percussão), Sandra Alves (flauta), Júlia Carvalho (piano) e Flávia Bastos (baixo). “Tive o desejo de estrear com mulheres no palco e acho que é um espaço importante que nós precisamos ocupar. Temos muitas musicistas incríveis em Minas e acredito que essa escolha vai enriquecer ainda mais o trabalho”, pontua a artista.
SERVIÇO.
Show de lançamento do disco “Ela saiu só para ver o céu”, de Mariana Moreira
Onde. Teatro de Bolso Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)
Quando. 21/04 (quinta-feira), às 19h
Quanto. Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) e estão disponíveis neste link.
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