A concessão da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, tem potencial para reduzir consideravelmente o número de acidentes no trecho, que é conhecido como ‘Rodovia da Morte’. É o que aponta o estudo elaborado pela consultoria para o Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). O material traz um comparativo entre a situação da rodovia e o número de ocorrências registradas em 2023 nos trechos duplicados e nos trechos sem duplicação.
O levantamento realizado pela Houer aponta que, considerando o fluxo de veículos e a extensão, os trechos não duplicados da BR-381 – que estão concentrados no trecho sob gestão pública, ou seja, entre BH e Valadares – tiveram 7,36% mais acidentes a cada 10 mil veículos em 2023, na comparação com os trechos duplicados (a maioria deles entre BH e São Paulo, sob gestão da iniciativa privada há mais de 15 anos).
Além disso, a severidade dos acidentes foi 110,66% maior no trecho não duplicado e ainda sob gestão pública. “Além de registrar um número maior de acidentes em 2023, a cada 100 registros foram contabilizados 5,16 óbitos nos trechos duplicados e 10,87 óbitos nos trechos não duplicados, ou seja, mais do que o dobro”, disse o Head de ESG e Inovação da Houer, Felipe Barbosa.
Rodovia da Morte
Por concentrar uma das maiores malhas rodoviárias do país, Minas Gerais registra também o maior número de acidentes em rodovias federais. No ano passado, esse número chegou a 9 mil acidentes e 727 mortos.
A BR-381 é a segunda maior em extensão dentre as rodovias federais que cortam o Estado e soma o maior número de acidentes e mortes em Minas. Só em 2023 foram registrados 2.641 acidentes em toda a extensão da rodovia (entre São Paulo e Governador Valadares) e 171 mortes, além de 3.435 feridos.
O dado é 45% maior que o número de acidentes registrados na segunda rodovia com mais acidentes no Estado, a BR-040, que, em 2023, somou 1.816 registros e cuja extensão é apenas 43,4 quilômetros menor em relação à BR-381.
Confira a íntegra do estudo “INFRAESTRUTURA E CRESCIMENTO ECONÔMICO: a nova rodada de concessão da BR-381 como modelo de segurança, eficiência e sustentabilidade”, clicando aqui.
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Thaís Mota
Imprensa FIEMG