Um estudo elaborado pela consultoria Houer para o Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) aponta que a concessão e duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, além de ampliar a segurança da rodovia e dos usuários, impactarão positivamente na preservação do meio ambiente e na redução da emissão de CO².
Um levantamento trazido pelo estudo revela que as soluções propostas pelo projeto de concessão – como correções de traçado, melhorias de pista e duplicação da rodovia – podem ampliar a eficiência da estrada em até 33% e reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) em até 161 mil toneladas ao longo de 30 anos.
“Além de todos os impactos sociais, econômicos e de redução de acidentes, a concessão da BR-381 tem potencial para reduzir em até 161 mil toneladas a emissão de gases de efeito estufa, um impacto ambiental equivalente ao plantio de mais de um milhão de árvores”, afirmou o presidente da Houer e membro do Conselho de Infraestrutura da FIEMG, Fernando Iannotti.
Uma das forma de avaliar esses impactos é por meio do Índice de Irregularidade Internacional (IRI) da rodovia atual e futuro, a partir das obras previstas. A sigla é uma métrica amplamente utilizada para avaliar a condição da superfície de pavimentos rodoviários.
A partir da avaliação do IRI atual e estimado, considerando o conjunto de soluções propostas para a BR-381, associados ao conjunto de soluções de manutenções e investimentos previstos ao longo dos 30 anos de concessão, a Houer estimou o impacto que a gestão privada da rodovia pode gerar na redução do IRI, o que resultaria justamente na maior eficiência dos veículos na rodovia e, consequentemente, na redução de GEE.
“Superfícies rodoviárias com altos valores de IRI indicam uma maior irregularidade, sendo assim, um maior deslocamento longitudinal por metro percorrido, o que resulta em mais desconforto para os motoristas, maior desgaste dos veículos e riscos mais elevados de acidentes. Por outro lado, valores menores de IRI indicam superfícies rodoviárias mais suaves e bem conservadas”, explica Felipe Barbosa, head de ESG e Inovação da Houer.
Felipe explica ainda que, além das obras de ampliação da capacidade, a maior regularidade da superfície da rodovia vai impactar diretamente na redução da emissão de GEE. “Essa melhoria de condições impacta diretamente no meio ambiente e no custo operacional aos usuários devido à redução do consumo de combustíveis, desgaste de peças veiculares, tempo de viagem e emissão de gases de efeito estufa”, acrescentou.
O potencial de mitigação de emissões de poluentes contribui significativamente para o atingimento das metas globais de combate às mudanças climáticas. Só para se ter uma ideia do impacto, se comparadas ao potencial de sequestro de carbono do plantio de árvores, redução de emissões de GEE estimadas a partir da duplicação da rodovia equivaleria ao potencial de sequestro de carbono de aproximadamente 1.127.000 árvores. “Isso demonstra a importância das obras na rodovia também para a questão ambiental de Minas e do país”, concluiu Felipe.
Confira a íntegra do estudo “INFRAESTRUTURA E CRESCIMENTO ECONÔMICO: a nova rodada de concessão da BR-381 como modelo de segurança, eficiência e sustentabilidade”, clicando aqui.
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Thaís Mota
Imprensa FIEMG