Na reunião desta quarta-feira (18/9), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central surpreendeu negativamente ao anunciar a elevação da taxa Selic para 10,75% ao ano, intensificando a já severa política monetária contracionista. A decisão foi justificada, sobretudo, pela atividade econômica e pelo mercado de trabalho aquecidos, que pressionam a inflação para cima do centro da meta. A desvalorização do câmbio e o impacto da seca sobre o preço de alimentos e energia elétrica também foram fatores considerados pelo Copom.
A elevação da taxa de juros coloca os agentes econômicos em alerta. Nesse contexto, a capacidade produtiva é gravemente afetada, e os impactos são sentidos de forma sistêmica. O cenário de juros crescentes impõe desafios significativos à indústria, que tem sua capacidade de investimento limitada e sua competitividade reduzida.
Esses fatores, combinados ,afetam negativamente o crescimento econômico, a geração de empregos e a população. A FIEMG expressa sua profunda consternação e indignação com a composição do Copom e destaca a importância de uma abordagem mais proativa nas próximas reuniões.
É essencial que sejam considerados cortes na Selic, não apenas como uma medida desejável, mas como uma necessidade urgente para estimular o setor produtivo nacional. Uma taxa de juros mais equilibrada e estável é fundamental para permitir que a economia se fortaleça e se recupere.
O Banco Central precisa agir com determinação e tomar medidas audaciosas para evitar que a economia brasileira entre em estado de estagnação. A FIEMG reafirma a necessidade de ajustes na política monetária, a fim de promover um ambiente mais favorável ao crescimento econômico sustentável à geração de empregos.