A FIEMG sediou nesta terça-feira (19/11) o Seminário do Café – Encontro Regional Minas Gerais, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e pelo Sindicato das Indústrias de Café do Estado de Minas Gerais (Sindicafé-MG). O evento reuniu representantes dos produtores e da indústria de café de todo o país e tratou de temas fundamentais para o desenvolvimento do setor.
A mesa de abertura foi composta por representantes da Abic, Sindicafé-MG, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, que falaram sobre a importância do encontro regional, traçaram um breve panorama atual do setor e destacaram alguns dos principais desafios da indústria do café.
“Esse é o 4º Seminário Regional da Abic e essa proximidade que a gente busca realizar, especialmente neste momento com a liderança dos presidentes dos sindicatos, é uma extensão que nós entendemos ser extremamente pertinente, pois o presidente do sindicato é a voz da Abic em cada Estado e região. Então, ter essa união de forças é fundamental para que toda indústria nacional se mostre coesa, entendendo o fluxo das necessidades que as indústrias enfrentam no dia a dia e que precisam que a entidade represente apropriadamente e dê o direcionamento que as pautas institucionais necessitam”, destacou o presidente da Abic, Pavel Cardoso.
Em seguida, o presidente do Sindicafé, Sérgio Meirelles Filho, falou sobre o cenário da indústria cafeeira. “Estamos passando por um momento de alta do café, o que é ótimo para o produtor e a indústria sofre nessa época. Mas, o mercado é soberano e nós temos que assumir isso, não tem como fugir do mercado. O produtor precisa ser bem remunerado, ou não teremos café. Mas, é difícil levar isso para o consumidor, transferir este aumento” destacou, dando o tom dos principais desafios enfrentados pelo setor atualmente.
Na sequência, a programação seguiu com uma série de palestras e debates sobre temas técnicos e fundamentais para o setor, tais como: 1- Tendências legislativas e regulatórias na indústria de café: o que esperar para 2025; 2- Gôndola Certificada; 3- Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados; e 4- Panorama atual da Logística Reversa.
Entre as palestras, o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, também fez uma breve participação e trouxe algumas reflexões e provocações para o público presente com relação à agregação de valor ao café brasileiro. “Nós da indústria temos um grande dever de casa porque vendemos muito café in natura, mas vendemos pouco café beneficiado e industrializado para o resto do mundo e também não temos marcas de café à altura da produção brasileira e do tamanho do Brasil na produção mundial. Muitos vão ver isso como uma fraqueza, mas eu diria que é uma grande oportunidade”, destacou.
Em seguida, ele falou sobre uma experiência durante sua recente viagem em missão da FIEMG à China, país que tem ampliado consideravelmente seu consumo de café e que atualmente é o principal parceiro comercial do Brasil, mas que ainda não tem o Brasil como seu principal fornecedor de café. “Eu estava na China há 10 dias, estive com o CEO da Luckin Coffee e ele já tem 20 mil cafeterias na China em um curto espaço de tempo. E o Brasil é o 6° maior exportador de café pra China hoje. Como? Se somos o maior produtor mundial?”, questionou o presidente da FIEMG. Em seguida, ele apontou como a China tem um grande potencial de consumir café industrializado do Brasil e como a indústria tem grandes oportunidades de exportação para o país nos próximos anos.
Além disso, Roscoe convidou os empresários do setor a participarem da próxima edição da missão da FIEMG à China, que ocorre anualmente no mês de novembro. A programação da missão conta com cursos e capacitações sobre o mercado chinês, visitas técnicas a indústrias chinesas, rodadas de negócios, fórum com empresários chineses e visitas à China International Import Expo (CIIE), considerada a maior feira de importação do país.
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Thaís Mota
Imprensa FIEMG