A FIEMG Regional Zona da Mata está à frente da mobilização que visa a revitalização do Distrito Industrial de Juiz de Fora, uma das áreas mais estratégicas para o desenvolvimento econômico da região. Segundo dados de 2024, a área tem 114 empresas em operação, sendo responsável pela geração de cerca de 21.047 mil empregos, sendo 7.115 diretos e 13.932 indiretos. O Distrito representa um importante polo da indústria de transformação local, reunindo empresas dos setores têxtil, de alimentos, metalurgia, construção civil, materiais elétricos e automotivos.
Mas a falta de infraestrutura adequada, principalmente na área da 4ª Etapa do Distrito, tem sido um dos principais entraves ao pleno funcionamento das indústrias instaladas no local. Problemas recorrentes como ruas sem pavimentação, iluminação precária, ausência de segurança, deficiências no transporte público e alagamentos frequentes, causados pela inexistência de um sistema eficiente de drenagem pluvial, têm comprometido a produtividade das empresas e a qualidade de vida dos trabalhadores.
Preocupada com a situação, a presidente da FIEMG Regional Zona da Mata e do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Juiz de Fora e Governador Valadares (Sindivest JF-GV), Mariângela Marcon, tem atuado de forma incisiva na defesa de melhorias urgentes para o Distrito, com o objetivo de assegurar um ambiente de negócios mais eficiente e atrativo para novos investimentos.
Com esse objetivo, a FIEMG Regional ZM vem realizando reuniões para discutir a melhoria das condições do Distrito, especialmente a viabilização de obras de infraestrutura na 4ª Etapa, e ontem, 04 de junho, deu mais um importante passo: um encontro que reuniu poder público e privado. Estiveram presentes representantes da FIEMG; SENAI; Associação das Empresas do Distrito Industrial (Assedi); Centro Industrial de Juiz de Fora (CIJF); Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanidades (Empav); e das Secretarias Municipais de Obras, Desenvolvimento Urbano com Participação Popular, e Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Sustentabilidade.
Durante o encontro, a presidente Mariângela Marcon propôs a revitalização do local, com base numa iniciativa construída a partir da união de esforços entre a FIEMG, Prefeitura de Juiz de Fora, Assedi e CIJF. A ideia incluía a execução de obras de infraestrutura, criação de um plano diretor específico para a área e a formação de um comitê gestor com representantes do setor produtivo, do poder público e da sociedade civil, que seria responsável por acompanhar os projetos e garantir transparência e efetividade nas ações.
Mas na ocasião foi anunciado pela secretária de Obras, Bruna Rocha, que a Prefeitura já possui um anteprojeto elaborado que contempla a drenagem e pavimentação das vias da 4ª etapa — justamente a área mais recente e carente do Distrito, hoje praticamente intransitável. O anteprojeto já foi apresentado a alguns parlamentares com o intuito de captação de recursos por meio de emendas parlamentares, e o custo estimado para a execução é de R$ 8 milhões.
Com isso, a FIEMG, que estava se propondo a realizar o projeto de canalização de águas pluviais do local por meio de sua equipe de Engenharia, redirecionará seus esforços: atuará agora na articulação junto aos deputados, buscando apoio para a liberação das emendas que tornarão possível a realização da obra. “Essa informação não havia sido compartilhada conosco anteriormente, por isso é tão importante esse alinhamento. Agora que sabemos da existência do anteprojeto, vamos canalizar nossas energias para sensibilizar os parlamentares para conseguirmos os recursos necessários. Além disso, podemos contar com a expertise do SENAI com seus cursos de formação profissional”, explicou Mariângela.
A demanda pela revitalização do Distrito havia sido levada à presidente da FIEMG Regional ZM pela empresária Flávia Gonzaga, presidente do Centro Industrial de Juiz de Fora e do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Juiz de Fora. A iniciativa foi prontamente acolhida por Mariângela Marcon, que a apresentou à presidência da FIEMG em Belo Horizonte e obteve o apoio do presidente da Federação, Flávio Roscoe.
“O Distrito Industrial é uma área estratégica para o desenvolvimento de Juiz de Fora e da Zona da Mata. Não podemos permitir que empresas deixem de investir ou cresçam menos por falta de infraestrutura básica. Ter um distrito eficiente e organizado é a porta de entrada para a atração e manutenção das indústrias. A FIEMG está empenhada nessa pauta e vai trabalhar de mãos dadas com a Prefeitura e com o setor produtivo para garantir esses avanços”, afirmou Mariângela.
Para a FIEMG Regional ZM, resolver essas questões é fundamental para fortalecer o setor industrial e impulsionar o crescimento econômico da cidade e da região. “A modernização do Distrito Industrial será um marco para Juiz de Fora. A FIEMG está determinada a ajudar a construir essa solução em parceria com todos os envolvidos”, conclui Mariângela Marcon.
SENAI reforça papel estratégico na formação de mão de obra para o Distrito
Durante a reunião, o gerente das unidades SENAI de Juiz de Fora, André Leandro Pimentel, apresentou as potencialidades da instituição, que em 2025 completa 80 anos de atuação na cidade. Ele destacou a capacidade do SENAI de apoiar o desenvolvimento da indústria por meio da qualificação de mão de obra e da oferta de soluções em inovação e tecnologia.
Atualmente, o SENAI Juiz de Fora atende mais de 2 mil alunos matriculados em cursos presenciais e semipresenciais de aprendizagem industrial, iniciação, qualificação, aperfeiçoamento e cursos técnicos. A unidade José Fagundes Netto, localizada na Barreira do Triunfo, está próxima ao Distrito Industrial, o que facilita a atuação conjunta com as empresas da região.
“Somos muito conhecidos pela formação de profissionais, mas o SENAI vai além disso. Atuamos também com serviços de desenvolvimento tecnológico, consultorias em processos produtivos, inovação e modernização industrial. Temos toda a expertise para contribuir com a vocação industrial de Juiz de Fora e capacitar trabalhadores de acordo com a demanda real das empresas”, afirmou André.
Graciele Vianna
Imprensa FIEMG