Em reunião nesta quarta-feira (31/1), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou a quinta redução consecutiva da taxa Selic. A queda foi de 0,5 ponto percentual, conforme esperado, e a taxa passou de 11,75% para 11,25% ao ano. A FIEMG reconhece como positiva a redução da taxa básica de juros, porém enfatiza a necessidade do prosseguimento e até mesmo da aceleração do ciclo de cortes.
O último relatório Focus, de 26 de janeiro, teve como destaque uma nova queda nas expectativas da inflação para 2024, que deverá encerrar o ano em 3,81%. Para 2025 e 2026, as projeções da inflação permaneceram em 3,5%. Concomitantemente, a publicação apontou sinais de desaceleração econômica em 2024, com a mediana das expectativas de crescimento do PIB em 1,6%, resultado inferior ao registrado em 2023, quando a economia avançou cerca de 3%.
Nesse contexto, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o investimento em máquinas e equipamentos na construção civil e em outros ativos recuou 10,7% em outubro de 2023, em relação a outubro de 2022. Os investimentos produtivos determinam o potencial de crescimento da economia. Portanto, é preocupante que um nível tão restritivo de taxa de juros resulte em queda dos investimentos no país, comprometendo a capacidade produtiva e o futuro da economia. A possível queda na capacidade produtiva pode, inclusive, contribuir para um cenário de pressão de custos e de avanço da inflação no futuro.
Desse modo, a FIEMG reitera seu compromisso de lutar por um cenário econômico favorável ao crescimento do país e enfatiza a necessidade de uma taxa de juros mais baixa e estável, que impulsione investimentos no setor produtivo e ajude a destravar a economia brasileira.