A Nanum Nanotecnologia vai inaugurar na próxima quarta-feira (21/08) sua terceira planta industrial,às margens da rodovia LMG 800, em Lagoa Santa. A ampliação da estrutura se justifica pela necessidade de aumentar e diversificar a capacidade produtiva, já que até o final do primeiro trimestre de 2025, a empresa pretende lançar seis linhas de produtos e alguns deles, sem similares no Brasil.
Uma das grandes novidades é a tinta que impede a aderência dos respingos de soldas em parafusos que compõem a estrutura dos veículos quando ainda estão na linha de produção das montadoras, reduzindo custos e aumentando a velocidade de produção. A nova tinta é ecológica, à base de água, diferentemente da solução adotada hoje e amplia a adequação das montadoras às práticas ESG.
Segundo o diretor Comercial da Nanum Nanotecnologia, Alexandre Caldeira, “com a ampliação de nosso portfólio, viabilizada por uma nova planta industrial com tecnologia de ponta e por equipes altamente qualificadas, teremos capacidade para atender indústrias de diversos segmentos que mostram interesse crescente pelas nossas soluções de alto valor agregado para aumentar o desempenho de produtos finais”.
Para o engenheiro químico e PhD em Engenharia de Materiais, CEO e sócio da Nanum Nanotecnologia, José Fernando Contadini, “a nova linha de produtos destinada ao mercado interno mostra como a nanotecnologia tem potencial para acelerar o processo de inovação e de modernização das indústrias brasileiras com soluções inéditas e de alto potencial de resultados como nossos compostos à base de grafeno. O óxido de grafeno que desenvolvemos em nossos laboratórios, e que produziremos em escala industrial, tem elevado grau de pureza e estabilidade, e ao ser aplicado por exemplo na superfície de uma barra de aço, aumenta a resistência do material contra a corrosão e amplia a vida útil de motores e equipamentos reduzindo custos de manutenção”.
Já no segmento voltado ao consumidor final, o primeiro produto com previsão de lançamento é a linha de tintas anticorrosivas de fácil aplicação, que dispensam o preparo da superfície metálica onde será aplicada. E uma outra tinta com solução nanométrica, a ser lançada em breve, é a que terá efeitos biocidas, aumentando a proteção do ambiente hospitalar e evitando a proliferação de infecções. Esses produtos estão na fase final de testes com lançamentos previstos para os próximos meses.
O produto mais revolucionário em fase final de desenvolvimento na Nanum Nanotecnologia tem potencial para impulsionar o setor de energia no Brasil e no mundo. Trata-se do Hipercapacitor Molecular (HCM), que conseguirá armazenar energia em pequeno espaço e fornecer potência elevada em um curto intervalo de tempo, como a energia necessária para fazer um eVTOL (veículo de decolagem e aterrisagem vertical), também chamado de drone de passageiros, decolar. A tecnologia já foi patenteada pela indústria mineira e representa um avanço significativo em relação aos supercapacitores existentes no mercado mundial. O HCM é fundamental para viabilizar avanços importantes para a sociedade, na visão do superintendente de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Bork. “ O projeto mundial de mobilidade não vai acontecer sem soluções como a do Hipercapacitor. O mercado precisa de empresas que trabalhem em nichos como a Nanum Nanotecnologia, que tem potencial para atingir uma cadeia de valor inteira”, afirma Bork.
Já o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, entende que a “Nanum Nanotecnologia teve uma visão muito à frente do seu tempo, aplicando soluções de nanotecnologia para resolver problemas reais, e isso vai promover avanços em vários segmentos industriais trazendo uma melhoria sistêmica na qualidade e na produtividade. Nós temos pouquíssimas empresas no mundo fazendo isso. O brasileiro não costuma valorizar soluções locais, e o que a Nanum fez foi vender primeiro para o mercado internacional e, agora, volta seus olhos para o mercado brasileiro, com essa chancela mundial. É muito mais difícil um brasileiro vender lá fora, do que um gringo vender aqui no Brasil”.
Nanum Nanotecnologia
A Nanum Nanotecnologia tem 15 anos de mercado, mas ainda é uma empresa pouco conhecida no Brasil. Isso se deve ao foco comercial da empresa ter sido a exportação desde o começo, com vendas principalmente para a multinacional HP, uma das maiores indústrias de tecnologia do mundo e líder em equipamentos de impressão, sediada nos Estados Unidos. A empresa mineira obteve a primeira patente mundial de tinta magnética usada na impressão digital de documentos de segurança, como cheques – ainda impressos em larga escala em vários países, e documentos oficiais de órgãos públicos.
Desde sua fundação, a Nanum Nanotecnologia já produziu mais de 40 toneladas de compostos nanométricos para integrar a fórmula de inúmeros produtos, potencializando muito os resultados gerados por essas soluções. O tamanho de um nanômetro equivale a um metro dividido em um bilhão de partes. Para alcançar essa condição físico-química, a indústria mineira precisa, muitas vezes, criar os próprios equipamentos, já que a nanotecnologia ainda é pouco conhecida até no setor de máquinas.
O alto nível de tecnologia usado nos laboratórios, e na planta industrial da Nanum Nanotecnologia, levaram à criação de soluções inéditas e inovadoras, o que sempre elevou o risco dos investimentos realizados pela empresa. O sócio e presidente do Conselho Administrativo da Nanum Nanotecnologia, Ailton Ricaldoni Lobo, conta que “queria uma empresa que não fosse uma revenda de produtos importados, mas sim uma empresa que desenvolvesse tecnologia própria. Nós exportamos conhecimento e produtos com alto valor agregado ao invés de commodities. Somos uma equipe que sonha alto e com formação sólida. Temos vários doutores e mestres na equipe”.
Imprensa FIEMG*
(*Com informações da Nanum Nanotecnologia)