A reunião do Conselho Deliberativo do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), realizada em 2 de dezembro na sede da FIEMG, em Belo Horizonte, marcou um momento significativo para o setor minerário. Sob a liderança de José Fernando Coura, presidente do Conselho Deliberativo, o evento reuniu representantes da indústria, entre eles o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, para refletir sobre os avanços alcançados e traçar metas para o futuro.
“Tenho muito orgulho de estar à frente do conselho do Sindiextra. Com 23 anos de vida sindical, sou grato a cada setor que representamos, como cal, minério e agregados”, afirmou Coura. Ele destacou o crescimento do setor de agregados, composto majoritariamente por pequenas e médias empresas, que têm avançado em termos de profissionalização. “Estamos na casa da indústria e somos um sindicato de baixo custo, mas de muita ação e defesa de pautas cruciais para o setor minerário”, concluiu.
Luís Márcio Vianna, presidente do Sindiextra, apresentou os resultados de 2024, destacando iniciativas como “Mineração de Minas, portadora do futuro” e o segundo ano do Instituto AME.
Vianna ressaltou a adesão de 10 novas empresas, que ampliou o número de associadas para 122, consolidando a força da entidade. “Além disso, o sindicato participou de eventos como o Prêmio Hugo Werneck, o Fórum de Emprego e Renda e o Congresso de Infraestrutura”, disse.
O papel estratégico do Sindiextra – Lauro Amorim, da empresa Vale e membro do conselho do Sindiextra, destacou a relevância da entidade na articulação entre diferentes portes de empresas e os poderes executivo e legislativo. “O Sindiextra desempenha um papel essencial no estado ao reunir pequenas, médias e grandes indústrias em um ambiente de escuta ativa e ação efetiva. Isso permite identificar pontos de convergência entre diferentes portes de empresas e compreender suas demandas específicas, promovendo uma conexão estratégica entre a indústria e os poderes executivo e legislativo”, afirmou.
João Luiz Nogueira de Carvalho, da empresa Geosol e também membro do conselho, ressaltou a eficácia do sindicato em questões como licenciamentos. “Durante o ano, o sindicato teve uma atuação destacada em temas relacionados a licenciamentos e questões de interface com o governo e seus órgãos reguladores. A contribuição do Sindiextra é extremamente positiva, como demonstra o resultado expressivo: das 65 licenças solicitadas, 57 foram aprovadas”, pontuou.
Metas para 2025 e desafios da reforma tributária – Para 2025, os planos do Sindiextra incluem a consolidação do projeto AMI, a criação do site oficial do sindicato, a formação do Grupo de Trabalho de Inovação e Tecnologia e a realização da Feira de Mineração. Outras metas envolvem a convenção coletiva de trabalho 2025/2026 e a continuidade do projeto “Mineração de Minas, portadora do futuro”.
Cristiane Malheiros, diretora de meio ambiente do Sindiextra, apresentou dados relevantes da área ambiental, incluindo 11 reuniões da Câmara de Meio Ambiente (CMI), 65 processos pautados e 57 licenças aprovadas em 2024. O Grupo de Trabalho de Meio Ambiente e Sustentabilidade realizou mais de 20 encontros para discutir ações estratégicas.
O encontro também contou com a palestra do deputado Reginaldo Lopes, que abordou os impactos da reforma tributária para o setor produtivo. “É impossível pensar em um projeto de nação sem uma estratégia nacional para o setor produtivo”, destacou Lopes. Ele argumentou que a simplificação tributária pode reindustrializar o Brasil e corrigir distorções históricas no sistema, permitindo maior competitividade e distribuição de riquezas.
Segundo Lopes, o Brasil enfrenta o desafio de superar sua baixa renda per capita, inferior à da China e da Índia, em um cenário que exige uma reindustrialização urgente. “Nosso foco excessivo na distribuição de riqueza, sem priorizar sua produção, compromete o desenvolvimento sustentável. Para reverter a desindustrialização e o crescimento econômico estagnado, é essencial investir no setor de valor agregado e corrigir distorções do sistema tributário, que encarecem a produção com impostos sobre impostos”.
Para o deputado, a reforma tributária é vital para eliminar a guerra fiscal, simplificar processos e promover maior transparência e eficiência na arrecadação. “Com um modelo alinhado às melhores práticas internacionais, o Brasil pode atrair investimentos, recuperar competitividade e construir um futuro econômico mais justo e sustentável”, pontuou.
José Fernando Coura, presidente do Sindiextra, reforçou que a simplificação tributária será o maior legado da reforma, permitindo ao Brasil avançar em produtividade e sustentabilidade. “Este é o momento de fortalecer o setor mineral, que é essencial para o desenvolvimento do país”, concluiu.
Para conferir as fotos da Reunião do Conselho Deliberativo do Sindiextra, acesse o Flick do Sistema FIEMG.