Fomento a projetos de inovação, terras raras e transição energética foram os principais assuntos debatidos durante a reunião do Conselho de Inovação e Tecnologia da FIEMG, realizada nesta quinta-feira (29/5). Conduzido pelo presidente do colegiado, Matheus Pedrosa, o encontro aconteceu na na sede da Federação, em Belo Horizonte.
O primeiro tema abordado foi o lançamento da chamada 008/2025 do programa Compete Minas, ocorrida em 26 de maio. A iniciativa, promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), tem como objetivo estimular a inovação tecnológica e aumentar a competitividade das empresas mineiras. O edital prevê investimentos de até R$50 milhões até 2026, fortalecendo a colaboração entre o setor produtivo e as instituições de ciência e tecnologia do estado.
Marina Dutra, gerente de Inovação da FAPEMIG, explicou o funcionamento do programa. Segundo ela, podem participar do programa empresas e cooperativas com sede ou filial em Minas Gerais, cuja data de constituição seja antes de 26 de maio de 2025, sem limite de de faturamento. Há possibilidade de participação de instituições científicas, tecnológicas e de inovação de Minas Gerais (ICTs-MG) como parceiras.
“Projetos de inovação são voltados ao desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços ou ao aprimoramento significativo de soluções existentes, que envolvam incerteza técnica ou científica, demandem esforço sistemático de pesquisa, desenvolvimento e validação, cujo resultado ainda não seja conhecido ou garantido no momento da proposta”, observou. As inscrições vão até 9 de julho.
A gerente falou também a respeito do que é abarcado pelo Compete Minas, as linhas de projeto, limite de submissão de propostas, áreas prioritárias, benefício para micro e pequenas empresas e os itens financiáveis.
Pedrosa elogiou a qualidade do programa, especialmente o investimento voltado à produção tecnológica de empresas mineiras, e citou a efetividade e transparência do edital do Compete Minas 2025. Clique aqui e conheça o programa.
Outro destaque foi o avanço do Projeto MagBras, aprovado no âmbito do Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), do governo federal. A iniciativa estabelece uma cadeia produtiva completa de ímãs permanentes de Neodímio, Ferro e Boro (NdFeB), abrangendo desde a extração e beneficiamento mineral até a fabricação e reciclagem. O projeto conta com a participação do Instituto de Terras Raras (CIT SENAI ITR), localizado em Lagoa Santa, na Grande BH, que adquirido pela FIEMG em 2023 e inaugurado oficialmente em 22 de maio. É a maior planta de pesquisa aplicada na produção de ímãs permanentes na América do Sul. Quem falou a respeito do assunto foi Eduardo Neves, pesquisador do CIT SENAI ITR, que, em suma, explicou a importância estratégica e as potencialidades dos ímãs de terras raras para o Brasil, que tem a segunda maior reserva do mundo, e Minas Gerais.
A reunião também destacou a atuação da empresa mineira Nanum Tecnologia, com planta em Lagoa Santa, especializada no uso de nanotecnologia para melhorar a performance de materiais e produtos industriais.
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Rafael Passos
Imprensa FIEMG