Assuntos estratégicos do ecossistema automobilístico foram debatidos durante reunião da Câmara da Indústria Automotiva e Mobilidade da FIEMG, realizada virtualmente, nesta segunda-feira (31/3). O encontro foi conduzido pelo presidente do colegiado, Márcio de Lima Leite.
Leite começou a reunião, apresentando alguns números do setor no Brasil em janeiro e fevereiro de 2025. Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e indicam que a produção total de veículos avançou 15% no primeiro bimestre e foi a maior desde 2021, com 393 mil unidades.
As exportações subiram 55%, favorecidas por Argentina, Colômbia, Uruguai e Chile. Por outro lado, a participação da China nas importações da América Latina saltou de 4,6% em 2013 para 28% no ano passado.
Em relação às vendas, os importados representaram 21%, a maior participação desde 2012. O número de emplacamentos em janeiro e fevereiro foi de 356 mil, 9% a mais quando comparado com o mesmo período do ano passado.
Mesmo com bons números, Márcio de Lima Leite destacou que o setor e o governo federal devem ficar atentos, sobretudo em relação aos reflexos do anúncio de Donald Trump da tarifa de 25% sobre importações de carros para os Estados Unidos.
A segunda pauta da reunião foi formação de mão de obra para o setor automotivo e teve a explanação de Mara Leão Paulino, analista de projetos educacionais do SENAI-MG. Ela destacou alguns desafios que envolvem essa temática, como a necessidade de programas de formação identificar e atender às demandas do setor produtivo. “As indústrias estão em constante evolução, exigindo habilidades que se alinhem com as novas tecnologias e metodologias de trabalho, preparando a mão de obra para os desafios do mercado atual”, disse.
O segundo ponto levantado pelo analista diz respeito à qualidade dos programas de formação que, segundo ela, é condição essencial para eficácia da capacitação. Já a terceira observação citada por Mara foi relevância de os programas de capacitação se adaptarem às novas tecnologias.
“O SENAI integra a utilização de ferramentas digitais em seus currículos e isso inclui não apenas a introdução de equipamentos modernos, mas também o ensino de competências técnicas que preparem os alunos para o uso eficaz de tecnologias emergentes no mercado de trabalho”, afirmou. Por fim, ela lembrou a que instituição trabalha em parceria com o setor automotivo, alinhando a formação às necessidades das indústrias. A câmara terá um grupo de trabalho para debater caminhos para a formação de obra do setor automotivo.
Rafael Passos
Imprensa FIEMG