Em reunião na tarde desta sexta-feira (29/11), no prédio do P7 Criativo, no centro de Belo Horizonte, a Câmara da Indústria de Energia, Petróleo e Gás recebeu o gerente executivo de Programas Estruturantes da Petrobras, Wagner Granja Victer, que fez uma apresentação sobre “A Petrobras é o desenvolvimento da Indústria Brasileira”.
Ele apresentou alguns detalhes do plano de negócios da estatal para o período de 2025 a 2029, bem como as prioridades da companhia, tais como: o foco em óleo e gás, com resiliência econômica e ambiental; a reposição de reservas de óleo e gás gerando valor para a sociedade e acionistas; a ampliação do parque industrial, com monetização do petróleo nacional e também maior oferta de produtos de baixo carbono; a ambição de neutralidade das emissões operacionais; e a liderança na transição energética justa.
A partir dessas diretrizes, Wagner destacou a necessidade de reposição de reservas, considerando que a reserva de produção brasileira é de 12 anos e a previsão é que a demanda por energia cresça em média 2,8% ao ano. “Em menos de dez anos, se o Brasil não repor reservas, vamos perder a nossa autossuficiência em produção de petróleo, e tendemos a voltar a importar petróleo. Daí, a importância de repor reservas”, disse.
Nesse sentido, o atual plano de negócios prevê 51 novos poços de petróleo até 2029 na Margem Sul e Sudeste, Margem Equatorial e outras áreas na costa africana e também de bacias terrestres no interior do continente, além de 10 novas plataformas de petróleo nos próximos 5 anos, totalizando um investimento de US$ 111 bilhões no período.
Wagner também esclareceu a polêmica em torno da exploração na Margem Equatorial e explicou que a extração de petróleo ocorrerá na foz do rio Amazonas e não no interior do Estado, e seria mais distante do litoral do que a bacia de Campos é distante das praias de Copacabana e Ipanema.
Em seguida, a gerente de Inovação Aberta da FIEMG, Mariana Humberto Yazbeck, apresentou o FIEMG Lab, hub de inovação aberta entre indústrias e startups industriais do Brasil, e falou sobre como a inovação aberta pode ajudar a competitividade da indústria. “Criamos o programa em 2017 para desenvolver o ambiente de startups em Minas Gerais, que acelerou e desenvolveu 100 startups no Estado. E, a partir de 2019, o FIEMG Lab se tornou um programa de inovação aberta para a indústria e, atualmente, temos mais de 300 startups dentro da nossa rede com soluções para a indústria”, disse. Ela também apresentou os diversos programas e ações promovidas pelo FIEMG Lab.
Por fim, a gerente de Economia Criativa do P7 e de Educação Executiva do IEL, Márcia Andrade Carmo de Azevedo, apresentou aos conselheiros o P7 Criativo, hub de economia criativa da FIEMG. “Esse é o primeiro hub de economia criativa do Brasil, que surgiu há 6 anos de uma parceria entre FIEMG, Codemge, Sebrae e Fundação João Pinheiro com o objetivo de pensar nova economia para Minas Gerais, diante da grande dependência do minério de ferro. Daí, fizemos um benchmarking mundial e constatamos que os países, estados e cidades que mais se desenvolvem são os que têm a indústria criativa em seu cerne. A partir daí, reunimos as expertises de cada entidade para desenvolver a indústria criativa em Minas”, explicou. Em seguida, Márcia guiou os participantes em uma visita a alguns dos 25 andares do prédio do P7.
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Thaís Mota
Imprensa FIEMG